terça-feira, 7 de abril de 2020

Voar até ali...


Na minha loucura me perco,
Pelo meu ser deliro,
Pelos sorrisos me encontro,
Pelo caminho de noite dentro.
Enraizadas as conquistas.
Perdidas das raízes,
Finalmente os desejos,
Se perdem em premissas.
Livres pensamentos de ser,
Livre o sonho de voar,
Encaminhar o que se caminha,
Dentro de suaves quatro paredes.
Deixar de ser o que sou,
Pelo encontro do que vou,
Para o que me resta de ser,
Enquanto o coração bater.
Não encontrar desejos,
Perdidos nas almofadas,
Por entre os lençóis perdidos,
E amassados pelo dormir.
Sentir que se foi longe,
Numa data de finalmente,
Encontrar o que se quer,
E viver o que se pode.
Doando o que tenho,
De mim para mim,
Entre os tempos de viver,
O que meu ser permite.
Selvagem no meio,
De um perdido nas paredes,
Como se uma selva fosse,
Entre o reino animal.
Voar até ao limite,
De um Sol permanente,
Entre luas de sois,
E com a distancia perto.
O iluminar de um ser,
Entre o candeeiro de estrelas,
No poder de ser quente,
Num espaço escondido.
Ocasião de tentar,
Uma vontade de queimar,
Um desejo de ficar,
No meu canto a voar.

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