sexta-feira, 24 de abril de 2020

Vivente de Sorrisos...


Sempre me assumi,
Como vivente de sorrisos,
Assim buscava força,
Em sorrisos de outros.
Hoje contra tanta parede,
Me encontro em branco,
Sem forças de sentir,
O sorriso do outro.
O meu está a ir se,
A dor instala se,
Em locais desconhecidos,
E não uma dor física.
Sempre disse a todos,
Que era no sorrir,
Que ganhava a força,
De outros fazer sorrir.
Já me perdi outra vez,
Já vi o escuro de novo,
Entalado entre paredes,
De branco a imensidão.
Quero cortar as cordas,
Sentir o Mundo vivo,
Com forças que se esgotam,
Nos segundos que passam.
Saber onde estou,
O caminho de onde vou,
O esconder de sentimentos,
Levou a este aconchego.
Bravura se pede neste tempo,
De isolamentos forçados,
Mas as forças já se foram,
De todas as formas.

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