terça-feira, 21 de abril de 2020

Foi pela janela que entraste...


Entraste pela janela,
Como se nada fosse,
Caminhaste até mim,
Com ar de mandona.
Entregaste tua forma,
Na sombra da parede,
Que transmitia em plenitude,
O contorno de tuas curvas.
Pediste silêncio,
E que meus olhos fechasse,
Deixaste no ar,
O que poderia acontecer.
Em segundos senti o toque,
De tuas mãos em mim,
Pensando onde caminharias,
Com a sua suavidade.
Deixe me quieto,
Como a teu pedido,
Um momento de sensação,
Em ternura adjacente.
Inventando formas de toque,
Em rendição da pele,
Com os poderes da mente,
Ligaste te a mim.
Dei voltas e voltas,
Através da minha mente,
Dentro de mim pensei,
Em como estavas vestida.
Só senti ao certo,
O toque do salto,
Que sentia subir,
Pela perna minha.
Os lábios quentes,
Sentidos em mim,
Como um pedaço,
De gelado derretido.
Um querer intenso,
Que não ficasse ali,
Queria poder abrir os olhos,
E sentir mesmo assim.
E nos olhos fechados,
Ganhaste a vontade,
Que cresceu e ficou,
Intensa de calor humano.

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