quarta-feira, 15 de abril de 2020

Amanha correrei até...


Amanha a correr irei,
Para o campo desloucado,
Em momentos lúcidos,
De uma alma perdida.
Agarrar te e encostar te,
No capô do carro que não veio,
Para tua roupa desapertar,
Ou até mesmo rasgar.
Olhar te nos olhos,
Sem te dar tempo,
De uma respiração sentires,
E assim perderes o controlo.
Desviar tuas pernas,
Afastar tuas mão,
Não deixar tua pele,
Que se toque nela mesma.
Percorrer com o respirar,
Sem tocar nela,
Apenas sentir o calor,
Que provem de ti.
Fazer te sentir,
Com desejos de mais,
E fazer te pedir,
Não me largues jamais.
Em cada curva,
Depois de percorrida,
Com a respiração,
Mais que sentida.
Colocar os dedos,
Navegar lentamente,
Cada loucura de tua pele,
Em arrepios provocados.
Não deixar permitir,
Que controles o que respiras,
Para sem resposta ficares,
No toque dos meu lábios.
Beijar te ora loucamente,
Ora de uma maneira suavemente,
Até mesmo arrepiante,
Num doçura acalmante.
Tua pele anseia mais,
Ou pelo toque suave,
Dos dedos ou lábios,
Já só pedes o toque.
Hoje sem ires ao céu,
Com meus lábios nos teus,
Provaremos o doce,
Que detêm o teu véu.
Já os dois juntos,
Em corpos nus,
Completos e perversos,
Que se unem em nós.
Sentes o presente envenenado,
Que virá de seguida,
Com o penetrar de mim,
Em tua alma completa.
E assim fica escrito,
Como amanha será,
O teu dia no meu,
Em imaginação de sonhos. 

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