quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Em rosto angelicamente eterno...


Onde andas mar,
Para onde foste sol,
Porque fugiste lua,
E areia onde ficaste.
Nas ondas me perdia,
No sol encontrava a luz,
Na lua o seu brilho,
E na areia rebolava.
Como poderia esquecer,
Onde fui e cresci,
Por onde andei e vivi,
E até quem passou assim por mim.
Apenas sou hoje,
A soma do meu passado,
Sem dor e sem mágoa,
Pois é o que sou e fui.
A ideia de ser melhor,
Mais feliz até,
Sempre presente em mim,
E onde me esbarrei tantas vezes.
Acreditar no destino,
Vontades de pensar assim,
Onde fui herói para mim,
E monstro em tantos lados.
Sei o que mudei,
Sei o que fiz,
Sei onde errei,
Sei o que me tornou assim.
Hoje sou mais maduro,
Dizem que finalmente cresci,
Onde a paz reside,
E passei a gostar de mim.
Liberdade ao que penso,
Felicidade no que sinto,
Dores de crescer assim,
Mas é o que me faz ser eu.
Julgamentos sempre tive,
Até de quem me era perto,
Onde a minha forma de sentir,
Não se encaixa mesmo aqui.
E hoje no sonho que tive,
Lá bem em criança,
Percebi o que queria agora,
Viver esse mesmo sonho.
Lutarei por mim,
Para realizar esse sonho,
Com o poder de sentir,
O que sentia nesse mesmo sonho.
Já só quero poder viver,
De calma e paz tranquila,
Dentro de mim,
Agora que aprendi a gostar de mim.
Reflexos de uma vida,
De quem não se sente daqui,
Onde o tempo passa,
E parece que tudo se cruza.
Obrigaria o meu ser,
A gostar de mim,
Como já senti gostarem de mim,
E poder viver assim até ao fim.
Hoje sei que sou melhor,
Percebi a minha fraqueza,
Entendi o meu ser,
Só quero poder ser feliz.
Gritos sem revolta,
A calma regressa de seguida,
A paz existe mesmo,
Aqui dentro de mim.
O poder de anjos,
Que por de certo existem,
E me guiam no caminho,
De um trilho de felicidade.
Prende se o momento,
Liberta se o enfadonho,
Grita se por mais,
E eu sei que serei feliz assim.
Aqui ou até ali,
A vontade não passa,
Sei que será eterno,
O que sinto dentro de mim.
Não quero mais pressas,
Não quero mais alguns traços,
Quero o que tenho,
E poder ser mais feliz.
No sonho de criança tinha amor,
Nesse sonho existia mais que além,
Existia uma vida,
Que partilhada me fará feliz.
Quero viver o sonho,
Realizar o momento,
Encontrar o tempo,
E deixar o sorriso eterno no rosto.
Encontrar o momento certo,
Deixar o tempo realizar,
O que de mais belo tem,
A presença do olhar terno.
Sabedoria encantadora de sorrir,
Como se fosse um raio de luz,
Que perdure na mente de quem vê,
E não se esqueça mais.
Só o pedido de ser feliz,
Na eternidade do meu ser,
Encurtar o tempo,
Mas viver mais no tempo.
Poderia parar o tempo,
Sem agruras de pedir,
Mas desejo o sorriso eterno,
Em rosto angelicamente eterno...

 

O sonho de criança...


Que nas vontades interessadas,
Venham as luzes encontradas,
De luares tentados,
Em noites de trovoada.
Alcance se o momento,
Em cada movimento,
Que as curvas apresentem,
Como seria a vontade do desejo.
Encontre se a alma,
Perca se a mente,
Deixe se o momento,
Prevalecer no destino do agora.
Seja o que importa,
Sem mais demoras,
A mente acorde e perceba,
Que o tempo não vai para novo.
Reaja se onde se quer,
Lute se pelo que se deseja,
Encurte se as vontades,
E sinta se a bela liberdade.
Onde o coração existe,
Deixar que a mente persista,
E trave a luta do ser,
E inclua se o que se pretende.
Deixar o sentido lacto,
Perdido no horizonte exacto,
E que no soltar de um grito,
Se venha o que realmente existe.
Poderia o tempo fugir,
Caso o tempo deixasse de existir,
Onde perdêssemos o momento,
E deixássemos de viver o tempo.
Houve em tempos um tempo,
Que fazia acreditar no mesmo,
Que ele passava devagar,
E nada era de mais.
Agora existe agora,
E no próximo segundo,
Já é o passado recente,
Antes do futuro do presente.
Libertar o pensamento,
Deixar o sentimento,
Encontrar o momento,
E deixar de fugir.
Quero aqui e agora,
O que sonhei ontem,
Presenciei em tempos,
Acreditei em criança.
Figas ou sorte,
Sem saber onde cair,
Mas a saber para onde vou,
Que lá o sonho existe.
Persiste no acreditar,
Deixa de fugir ao que queres,
E amanhã existe o sonho,
O sonho de criança...

 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

De sabedorias constantes...


Saberiam os céus que o Sol é azul?
Saberiam os Deuses que a Lua é verde?
Sentiriam os Anjos que as estrelas são Caramelo?
Entenderiam os humanos que o Mar vibra?
Não existe resposta,
Mas o sentido de viver,
Onde a cada cor,
Um olhar diferente.
Poderíamos discutir,
Até o sexo dos Anjos,
Mas perceberíamos,
Que é nos abraços que sentem.
Colocar olhos nos olhos,
Pelas linhas de mascotes,
Que se cozem sem agulha,
E no fim entende se o perfeito.
Onde as nuvens se deslocam,
Sem o momento exacto,
De ventos parados,
E movimentos suaves.
Enruga se a pele,
No pensar de sentimentos,
Que se desesperam antes,
E não se vivem na hora.
Cada um a si mesmo,
Mas a eles o nós,
Encontrados no horizonte,
Sem previsão de alcance.
Portanto assume se,
Que é ali ou não,
Que os medos acontecem,
E o desvaneio reage.
Seria facil assim,
Dizem que não seria para mim,
Pois que encontre se o tempo,
E alcance se o momento.
Deixar fluir o sonho,
Aquele que foi de Criança,
E no fim da noite aconteça,
O desejo dos céus.
Seja no sorriso,
Ou até no toque possível,
O abraço potente,
E o beijo caliente.
Que se encontre a luz,
A paz essa acontece,
Já no gostar de mim,
E no alcance dos anjos.
Sentir que existe mais,
Ali ou acolá,
Poderá ser o que for,
Mas não desistirei mais.
Encontrar o poder,
Viver pelo sorrir,
Deliciar me com o viver,
E que o sentir seja assim.
Que venha o perfeito,
Do imperfeito possível,
Onde seja criado a liberdade,
De um imperfeito perfeito.
Ou então no brilhar,
Que se cruze o desejo,
De sentir o calor,
No perfeitamente imperfeito.
Tanta dormida tentada,
E a paz apaga a luz,
No momento do desligar,
E fica se perfeito imperfeitamente.
Realizados os sentidos,
Apurados os sonhos,
Que se alcancem as realezas,
De sabedorias constantes...