quarta-feira, 22 de abril de 2020

Ver no areal...


Quero poisar os pés na areia,
Sentir o seu calor,
Caminhar no mar,
Sem os pés molhar.
Ver a paisagem verde,
Que se sobrepóem ao azul,
De um mar celeste,
Em torno de um globo terreste.
Calar o meu ser,
Com o seu chamar de mar,
Um valor que se tenta,
Em mergulhos em seco mar.
Deixar as roupa espalhadas,
Pelo areal vazio,
Onde apenas se vê,
As curvas no horizonte.
Pensar que assim cheguei,
Ao paraiso sonhado,
Em alcances mentais,
De um sentido calcado.
Ver o ondular bater,
Com o mar bem suave,
Numa areia quente,
Desesperada por toque.
Reviver o que foi,
Sentir o que é hoje,
Ficar a sorrir pelo amanhã,
E deixar a mente ali.
Não procurar o deserto,
Viver no incerto,
Pensar no que ficou aberto,
De gente ali que faz gosto.
Ficar sentado no fim,
Olhando para a propria imensidão,
De locais que despertam,
O zelar pelo finalmente.
E tocar no Sol distante,
Onde o Luar virá de seguida,
E o calor apertará,
Tanto com o abraço sentido.

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