quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

No teu orgasmo de quatro...


Quero prender te na cama,
Encher te de beijos,
Encontrar a tua pele,
Ansiosa e nua.
Percorrer a alma por fora,
Entrar no arrepio profundo,
Com os dedos percorrer,
E com a boca entreter.
Quero te bem tentada,
Entre prazeres e sonhos,
Que da liberdade seja feita,
A chave da noite fugida.
Podes falar o que quiseres,
Desde que seja pedidos,
Dos mais ardentes até,
Usa os como preferires.
Encontra em mim um ser,
Que te ilumina o prazer,
Encontra a vontade maxima,
De uma canção contada.
Quero nos teus pés me perder,
Usar do melhor que sei,
Para o prazer ser,
Uma loucura que pensei.
Chegar nas tuas coxas,
Prever cada arrepiar,
Onde te sentes com vontade,
De rasgares as cordas e amarras.
No teu umbigo ficar,
O tempo que desejar,
Onde só eu e ele,
Teremos conversas de sussurrar.
Subindo para os mamilos,
Que te provoquem sensações,
Que o mordiscar nos peitos,
Sejam mais um aquecedor.
No pescoço como vampiro,
Usando ao de leve os dentes,
Misturando os lábios quentes,
Que o arrepiar seja total.
Descendo até à cintura,
Onde me perco nas curvas,
Viro te de costas já,
Para percorrer tuas costas.
Assento praça e em moldura,
Minha boca e o teu rabo,
Uma conversa de desejos,
Os dois assim terem.
Puxo te contra mim,
Coloco te de quatro,
Minha língua ganha vida,
E percorre a linha do prazer.
Já sem pensar mais,
Já só penso em entrar já,
Mas o teu gemer pede mais,
Que a língua não pare já.
E ao perceber o que vem,
Como te vais mesmo vir,
Sei que o grito será forte,
No teu orgasmo de quatro.

Vestida aquela lingerie...


Hoje encontrei lingerie,
Debaixo da cama usada,
Em noites quentes de Verão,
Que se passou do nada.
Relembro bem a cor,
De uma renda desenhada,
Como se o corpo existisse,
E a alma tivesse ficado.
Da janela vejo o Sol,
Que se deitou no postigo,
Encontrei o Luar,
Em tempos de chuva amiga.
Que se lixem as buscas,
Na lingerie ficarei a olhar,
O busto do manequim,
Que usava quando a comprei.
Já tentei ver qual,
Ou até entender como,
Mas aquela lingerie,
Nunca foi mesmo usada.
No desenho do corpo,
Que poderia ali caber,
Sei que no rabo certo,
Ficaria maravilhosa sem saber.
Incompreendido por ser,
Um ser que adora ser,
Entre o que sei e o saber,
Sei apenas o que não sei.
E no fixar da lingerie,
No corpo que posso desenhar,
Como se fosse o que quero,
Sem perceber o seu ser.
Encalhado pelo momento,
Em que de casa só se sai,
Para ver o espanto olhar,
E o silêncio assim calar,
E poder dali cair.
Liberdade presa pelo medo,
Onde temos que ficar,
Em casa a ver chover,
E o sorriso triste permanecer.
Encontrar no horizonte,
Uma vontade sem igual,
Queria voltar a ver,
Vestida aquela lingerie.
Sei que foi no frio manequim,
Que ela se revestiu de pensar,
Em como ficaria bem,
Num corpo de sonhar!!!

Encontra o melhor momento...


Usa o passado presente,
Para no futuro ausente,
Teres um segredo teu,
Onde assente o ser.
Engraça pelo que sabes,
Entende o que não sabes,
Cura as feridas ditas,
De uma vida sentida.
Não uses o arrependimento,
Como forma de esconder,
O que o passado te deu,
Para seres o que és agora.
Inventa soluções,
Gira o Mundo na tua volta,
Encara de frente o agora,
Envolve e rodeia o sorriso.
Encanta o Mundo teu,
Com o que pretendes ser,
Aproveita os sonhos além,
De teres o que sempre foste.
Prende o que te faz sentir,
Agarra o que te faz ser,
Resiste ao que foge,
Dá a cara pelo que vês.
Arrelia e desespera,
Que te vê no sorrir,
E encaixa da melhor forma,
O que sentes ser teu.
Usa o poder do ser,
A vontade de viver,
E regressa ao que és,
Dos sentidos mais alargados.
Liberta a mente em ti,
Tira o partido da viver,
Com o que a vida te dá.
Segundos após segundos.
Deixa que a dor caia,
Encontra o melhor momento,
Para libertares os desejos,
Que sentes em ti agora...

Pelos efeitos especiais...


Perdido nas curvas,
Assente em terra ardente,
Pelos desígnios da chuva,
Que acalenta uma alma.
Acorrentado ao olhar,
Sentindo como um vagar,
Que se pretende chegado,
Mas que se percebe afastado.
Ondas de ilusões,
Tentados pelos canhões,
Que ecoam pelos sentidos,
De lugares alcançados.
Um remoinho de revistas,
Que se encantam no Sol,
Perdem se na Lua,
E se querem em Plutão.
Horizontes de calmia,
Onde perdura o querer,
Pende se para o tentado,
E ocupa se o sonhado.
Interesses sondados,
De vagares e lugares,
Onde a alma se encontra,
Pelos efeitos especiais.

sábado, 6 de fevereiro de 2021

O chamar de uma pura alma...


No óleo que escorre,
Pelas mãos que percorrem,
O meu corpo húmido,
De um banho tomado.
    Sentir a pele,
A desejar mais um toque,
De dedos subtis,
Arrepia a alma.
Já depois de sentir,
O massajar no cabelo,
De um desejo profundo,
De um beijo aberto.
A calma do passar,
Entre o banho e o quarto,
Onde reflete a luz,
De uma vela acesa.
A musica ecoa,
Em calma de paraíso,
Para acalentar as mentes,
De dois corpos despidos.
Sentir o oleo escorrer,
De umas mãos sensuais,
Que acabarão a passar,
Pelo pêlos banais.
Ondas de sensações,
De dedos percorrentes,
Entre pedaços de corpo,
Que se prendem nas correntes.
O corpo já anseia,
Que o oleo não acabe,
Para continuar a sentir,
Os dedos na sua pele.
A mente ilude,
Sente já o toque,
Mesmo que não exista,
Pelos anéis de veludo.
O arrepio feito garantido,
Pelo toque dos dedos,
E ansiando loucamente,
Pelo toque dos lábios.
Um corpo despido,
Ansiando pelo seguinte passo,
Onde se acalenta o desejo,
De ali ser possuído.
Mas os dedos calmos,
Percorrem com o oleo,
O corpo arrepiado,
E sem pressa de acabar.
Ondas de sensações,
Virtudes alcançadas,
Mas o desejo ardente,
Da chagada dos lábios.
Querer não chega,
Apenas o silêncio,
Que a musica não deixa,
Que se quebre o momento.
E na chegada dos lábios,
Já sem pressa do oleo,
O que importa é o arrepio,
Que se nota na distância.
E o subir e descer,
De um corpo desesperado,
Ansiando pelo percorrer,
De uns lábios macios.
E tentando controlar,
Os nervos de tocar,
Querer ser mais o toque,
Do que sentir o tal.
Mas no beijo prolongado,
Onde se sente a alma,
Incendeia o local,
Pelos caminhos dos lábios.
No prolongar do beijo,
Que com os lábios acalma,
Faz chegar em virtude,
O chamar de uma pura alma.

Errar e desconcertar...


Consigo errar e desconcertar,
Mesmo sem tocar,
A intensidade de viver,
Me faz sentir um pedinte.
Enriquecer na aprendizagem,
De erros diferentes,
Na forma de ser,
Que se tornam constantes.
Sinto que sei,
Que se vai desgovernar,
A vida que se tem,
Pelos sorrisos constantes.
De entre erros e tragédias,
Pelos demais filmes,
As lágrimas tornam se fieis,
Nos outros que me ouvem.
Sentir que se vai magoar,
Até mesmo cansar,
De poder fazer sorrir,
E nas lágrima cair.
Tentativa atrás de tentativa,
Sentimento de que vou cair,
Em fundo mais fundo,
Que de outra vez estive.
Um ciclo repetitivo,
De anos a anos,
Apenas a constante,
De me sentir vivo.
E conseguir o prazer,
De sem tocar magoar,
Faz me sentir inútil,
Nestes dias de clausura.
Retido pelo sentimento,
De querer sempre sorrir,
Exasperar pelo poder,
De fazer aos outros o mesmo.
Reflete se na alma,
A alegria de se estar,
Mas o querer é mais forte,
E o sorriso uma guerra.
Foi assim no antes,
Sinto que será no agora,
E poderia ser diferente,
Mas tenho o dom errado.
Entregar me sempre de alma,
A todos quanto chegam,
Querer ver o sorriso,
Como alma de chama.
A vontade de ser eu,
O desejo de alegrar,
No inconsciente trama,
O querer sem derrubar.
Solto de mim,
De saltos em fundos,
Para no céu chegar,
E ver o passado sorrir.
Ontem eu sei que fiz,
Hoje voltei a fazer,
Amanhã irei fazer,
Na constante certa.
De que conseguirei sempre,
Mesmo sem querer,
Errar e desconcertar,
Mesmo sem sequer tocar.

Amo tocar te...


Amo tocar te,
Pelos sonhos que percorri,
Nas nuvens te encontrei,
E no dormir eu sorri.
Sei que ao acordar,
Não estarás aqui,
Mas sei que foi bom,
O toque na tua pele de sonho.
Olhar e sentir,
Mesmo que de olhos fechados,
Entrar pela mente,
Como se fosse verdade.
Sei que foste,
Ou que és,
E que poderás ser,
Um ser existente.
Mas da realidade sonhada,
Onde o toque de magia,
Que penetra na alma,
Um sentimento de alegria.
E quando os olhos se fecham,
Sentem que existem aqui,
Pelas margens da cama,
Onde me deito sozinho.
Um dia acontecerá,
Ou até já se cruzou,
Um viver a dois,
Que penetrará intensamente.
Um sonho de magia,
Como que se fosse uma sereia,
Em alegria estrelar,
De um céu reluzente.
Uma força de sentir,
Em cada sonho meu,
Um toque de carinho,
E um toque de amor.
Sei que posso acordar,
E não sentir o teu toque,
Mas sei que ao deitar,
Tu estarás de volta lá.
No teu toque me sinto,
No teu toque me vejo,
No teu toque me identifico,
O teu toque amo tocar.
E pleno de consciência,
Que possa ser um sonho,
Mas sinto na alma,
O teu toque no meu.