sexta-feira, 3 de abril de 2020

O vazio em cheio...


Naquela sensação de vazio,
Que se preenche no cheio,
Por contradições dizentes,
De quem nada fala.
Entre as paredes assente,
Pelos corpos de cristais,
Que se instalam na mente,
Como peças fulcrais.
Jamais a loucura fugiu,
Epicamente tentado por ela,
Em locais ensombrados,
Pelo vaguear permanente dela.
Em locais de vibração,
A logica se perdeu,
Pelo ilógico renasceu,
E pelo tal se sucedeu.
Entrado pela porta,
Em fuga pela janela,
Em varandins de sobressaltos,
Acordamos nos jardins.
Libertado pelo total,
Entregue pelo meio,
Julgado pelo nada,
Em mim serei eu.
Entendo que se faça,
Percebo que se queira,
Mas visiono o futuro,
Com que se fosse quimera.
Gostava de me atracar,
Como que se fosse um barco,
Num planalto de montanha,
Em terras de um quarto.
Sentir o que se valoriza,
Entrado pelo que interioriza,
Deixado pelo cansaço,
Que alcança o corpo.
Siga o que vem,
Lute se pelo que vai,
Tente se o que se tem,
E Fique se pelo sobressalto.
Deixa guiar a marcha,
De um Deus fugidio,
Entre cartas de Diabos,
Que anseia pelo caminho.
Em terras de Viriato,
Sentado no mais belo monte,
Se conduz as ondas,
Do mar sombrio.

Sem comentários: