quarta-feira, 25 de maio de 2022

O sentido cansaço...


Foi assim que fui,
Assim me perdi,
No dia em que nasci,
Senti que morri.
Cansado de cá estar,
De na cabeça levar,
De ser culpado sem ser,
Da vivência dos ecrâs.
O desejo de ser feliz,
A vontade de me alegrar,
O partido que defendi,
Mandou me embora de vez.
O cansaço de lutar,
Ser refém do meu ser,
A luta que me derrubou,
Perdi vontade de cá estar.
Falar uma ou duas vezes,
Mas que dez sem ouvirem,
Aos gritos comecei,
E a paz foi com o vento.
Fiel ao que faço,
Não me pertence este corpo,
A minha mãe tinha razão,
Que disse que não era deste Mundo.
Deixo nada e nada levo,
Encarno noutro lugar,
Pode ser que seja diferente,
Ou mais do mesmo que vivi.
São dores insuportáveis,
A cabeça que não para,
Regressarei um dia,
Dizem já os velhos ditados.
Não se percam nas lagrimas,
Façam mesmo por rir,
Foi assim que sempre me viram,
Este homem sem rumo certo.
A cada caminho escolhido,
As pedras eram maiores ainda,
Devia ter ficado ali,
Pelo catorze anos.
A morte foi um desejo,
Que se perdeu no ultimo ano,
Mas desta vez veio em força,
Só não sei se me leva o Mar ou a Faca.
De tudo o que fiz,
Não me arrependo,
Para tentar ser feliz,
Fazia tudo outra vez.
Foi nos medos,
Que cresci,
E foi nos mesmos,
Que me perdi.
Espero que sejam,
Aquilo que perdi,
A essência do ser,
A pureza do pensar.
Larguem as amarras,
Soltem as culturas,
Sejam livres do passado,
E pensem nos belos sorrisos.
Urge a cura,
Para dias sem fim,
Onde o sorriso se perde,
E a morte é o que mas se deseja.
Gastem energia no ser,
Vivam o presente presente,
Não se percam no inexistente,
E ergam bem a cabeça.
Ilustrem o dia vivido,
Deslarguem os ecrãs,
Encontrem no que vivem,
A alegria do existir.
Sejam fieis ao vosso ser,
Não sejam apenas mais uns,
Oiçam o que vos dizem,
E respondam sempre por vós.
Desmanchem o passado,
Reflitam o presente,
Apostem no futuro,
Tutelem o vosso desejo.
Na hora do adeus,
Fica o sorriso que conhecem,
A dor vai comigo,
Sem muitos se aperceberem.
Já não sei se foi prazer,
Ou um gosto cá estar,
Sei que só eu tenho culpa,
Apenas fui eu que me perdi!!!

 

terça-feira, 24 de maio de 2022

Rebola dentro do mar...


Abre as portas do mar,
Deixa a agua salgada,
Percorrer tua pele,
E deixa la bem molhada.
Entrega te ao sonho erótico,
Onde o menos molhado,
Seja mesmo a agua,
Que do mar te toca.
Faz da ondulação,
A suave sensação,
De uma breve vibração,
Que se cruza em tesão.
Deixa o fio dental,
Bem colado na pele,
E com largas de visão,
Pelas asas da imaginação.
Encontra a sétima onda,
Que será ai perto,
Que terás o primeiro,
Orgasmo sentido.
Encontra o meu toque,
Na pele molhada,
Encontrada na areia,
De um por do sol.
Onde o mar tapa o sentido,
Alarga o sentimento,
E deixa presente o arfar,
De mais um orgasmo chegado.
Para e olha no fundo,
Encontras meus dedos,
Ali presentes em ti,
E com o teu suco em mim.
Alarga o pensar,
Não vejas à volta,
Encontras no céu,
A alegria de mais um orgasmo.
Revolta te contra a areia,
Rebola dentro do mar,
Anseia a chegada,
Do quarto logo assim...

 

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Deixa correr o suco...


Oculta me a mente,
Liberta me o sonho,
Encontra me no desfiladeiro,
Procura me no fundo do poço.
Reflete o mar em ti,
Angelicalmente solta o cabelo,
Julga me pelo pedido,
Qualifica me pelo sentido.
Organiza a viagem,
Que farás na minha pele,
Encarna o sonho de dama,
Em estilo de puta na cama.
Larga os medos,
Amarra me na cama,
Encontra o mais duro chicote,
E encosta o na minha pele.
Ergue o desejo que tens,
De me possuir mesmo ali,
Encostado na parede,
Da porta de entrada.
Inaugura o marcador,
Solta o liquido em ti,
Faz o golo perfeito,
Em junção de orgasmo louco.
Tira a roupa,
Apresenta te de lingerie,
Com esses saltos agulha,
E faz me ficar louco de tesão.
Ergue o mais doce toque,
O beijo mais sentido,
Sem demoras agarra te,
E solta as amarras presas.
Podes baixar te,
Encostar te loucamente,
Fazeres sentir o rabo,
Na minha pele dura.
Deixa me rasgar,
A lingerie que tens,
Ou afasta la,
E deixa la mesmo assim.
Solta me a loucura,
Que tenho dentro de mim,
Aprova o desejo ali,
E coloca as pernas nos meus ombros.
Deixa me possuir te,
Ali com o nariz,
Como o filme do Almodôvar,
E treme do gemido.
Deixa correr o suco,
Pelas pernas ao desceres,
Sente te molhada,
Pelo prazer sentido...

 

No oculto do toque...


Nos limites do corpo,
Entrego me ao teu,
E sinto cada curva tua,
Colada assim no meu.
Com apetite de dar largas,
Às minhas mãos,
Poderem percorrer teu corpo,
De arrepio em arrepio.
Pegar em ti,
Colocar te no colo,
E poder percorrer,
Tua pele assim colada.
Afastar e deixar,
As mãos voarem,
Para cada curva,
Que se sente perfeita.
Colar no teu rabo,
Percorrer as linhas dele,
Aperfeiçoar o toque suave,
No sentido do teu suspiro.
Encontrar no ar,
A vontade que tens,
Em sentir o meu toque,
Suavemente acelerado.
Perder me no toque,
Encontrar me no suspiro,
Perceber o teu desejo,
De me sentir bem dentro.
Colados ou afastados,
Que a vista perfeita,
Das curvas traçadas,
Que teu corpo delimita.
Enriquecer o momento,
Com os beijos,
Na tua pele,
E o arrepiar constante.
Que as curvas estejam assim,
Permanentemente localizadas,
Em peles suaves,
Arrepiadas pelo toque.
Que as vistas perdurem,
Nas tuas curvas traçadas,
E que o desejo de toque,
Seja aumentado ao dia.
Irrigando o suspiro,
Com o toque dos dedos,
Orientados pelo teu dizer,
Em silêncio perfeito.
Que o sentir,
Esteja já ali,
Onde o suco espera,
Para se soltar em rios de mares.
Reflexos imediatos,
De uma fuga programada,
E as algemas preparadas,
Juntamente com a venda.
No oculto do toque,
Na imaginação da visão,
Se libertem os sentidos,
De uma perfeita noção de tesão.
 

Por ruelas estreitas...

 


Já me perdi nas curvas,
Me achei nos sorrisos,
Encontrei me nos braços,
Encantei me nos olhares.
Entendo que sou eu,
Quando me olho,
No espelho vazio,
E a figura fica ali.
Já entendi o vai e vem,
Das ondas do mar,
Que presenteiam a areia,
No seu toque suave.
Terei imitado o toque,
Em pele suave,
Que de seda se tratava,
Em especial suavidade.
Encontrei na curva mais apertada,
Um desviar do ser,
Onde se colocam as mãos,
E se apertam as nádegas.
Por ruelas estreitas,
A lua se esconde do sol,
E na curvas delineadas,
Se apresenta a sensualidade.
Representando o sentido,
De viver o presente,
Enquanto me delicio,
No olhar das belas curvas...

terça-feira, 10 de maio de 2022

Assim no meio da rua...


Hoje só aceito um foda-se
Só um não pares,
Continua sem parares,
E até um com mais força.
Não menos que isso,
Enquanto meus lábios,
Te lambem no meio,
Depois de percorrer a pele.
Encosta a mão na cabeça,
Desdobra o sentido,
Sem parar até chegares,
No orgasmo puro e duro.
Enquanto com os dedos,
Entro e saio,
E a pele arrepia,
No mordiscar pertinho.
Deixa acariciar,
Os teus seios soltos,
Onde a cabeça,
Não toca mas olha.
Apertar teu rabo,
Sentir ele abanar,
No movimento,
Do vai e vem.
Podes até pedir,
Para te prender,
Que não aguentas,
O simples toque assim.
Vai ser assim,
Com os lábios na pele,
A ponta dos dedos,
Percorrem de seguida.
Encosta bem,
Assiste de plateia,
Porque esta noite,
Tu és assim minha.
Quero com a boca,
Percorrer dos pés,
Até à ponta dos cabelos,
E sentir o suspiro alto.
Quero com os dedos,
De seguida,
Encontrar a pele,
Húmida de arrepio.
E com os olhos,
Comer te loucamente,
Deixando te completamente,
Cheia de tesão pura.
Encontrar o suco,
Ali já na porta,
Onde só com a língua,
Me delicio em demasia.
Quero te de quatro,
Sentir teu rabo,
Colado a mim,
E ver ele abanar bem.
Na dança do erotismo,
No chão e na mesa,
O mais certo é finalizar,
Assim no meio da rua...
 

Encanta me na tua entrada...


Hoje deixo a porta aberta,
Entra quando quiseres,
Estarei no quarto,
Já sem esperar que venhas.
Encanta me na tua entrada,
Com a tua mais bela lingerie,
Onde se delineiam as curvas,
Que o teu corpo representa.
Usa o que quiseres,
Aproveita o que desejares,
Estarei ali quieto,
Deixando te com total poderes.
Representa o maior papel,
Que já te deram até hoje,
Onde qualquer uma,
Fica com inveja de ti.
Acorda no momento,
Vibra na tentação,
Geme o mais alto,
E faz a cama tremer no chão.
Tens nas mãos o poder,
Na boca o alimentar,
No corpo o aumentar,
E movimento o viver.
Podes cortar o que visto,
Transparecer o meu corpo,
Enriquecer com a agua,
E arranhar o pedaço.
Não vale dizer não,
Eu aceito o que fizeres,
Com a promessa,
De no fim gritares.
Vem de renda,
De linho ou cetim,
Traz a maior das vontades,
De uma noite sem fim.
Prometo que ao largares,
Não te deixo assim,
De maneira nenhuma,
Sem te vires sem fim.
Que a cama fique alagada,
Que as escadas pareçam uma cascata,
Que o chão fique quente,
E o teu corpo uma chama.
Que os lábios percorram,
A pele já arrepiada,
Que o suco escorra,
E o suspiro seja intenso.
Que puxes o cabelo,
Que arranhes o corpo,
Que o tesão tome conta,
Do teu ser sem dó.
Que depois de usares tudo,
De abusares do que podes,
Encontres um local,
Onde possas desfrutar.
Que as pernas se abram,
Que a minha cabeça encaixe,
Que a língua se solte,
E o orgasmo não pare...

 

Sem o hoje...


Descobre o teu canto,
Solta o que sentido,
Alarga as emoções,
Vive o que presente.
Alimenta o ser,
Solta a figura,
Empresta o viver,
Liberta o medo.
Entende o Mundo,
Arrasta a ilusão,
Acredito nos milhões,
Aperta os cordões.
Desdenha sem comprar,
Respira tudo ali,
Irriga o Sol com ar,
Batalha como Muhammad Ali.
Sente o chão tremer,
Sem que o sismo aconteça,
Aprende a sentir o obvio,
Sem tentação do ilógico.
Que o Sol aqueça,
O Mar banhe,
A areia escalde,
E a Lua não se apague.
O sentido pertence,
Ao que lhe damos vida,
Alimenta o sonho,
Alarga a forte ilusão.
O tempo escasseia,
A vida não se acaba,
Mesmo com o fim perto,
Entrega te ao som.
Ocorrem maravilhas,
Que na sensação se perdem,
E o tempo não para,
Para se perder o mesmo.
Se hoje não se aproveita,
Amanhã tenta se novamente,
Mas sem o hoje,
Que já se viveu.
 

terça-feira, 3 de maio de 2022

Naquele dia do Adeus...

 


Por todos os sitio que percorri,
Encontrei gentes, pessoas e afins,
Numa vida que seria de céus,
Tornou se num inferno do Diabo.
Vi, ouvi e falei,
Calei sem necessidade,
Gritei quando não devia,
Mas a paz nunca encontrei de verdade.
Onde a calma existia,
A fusão do passado queimou,
A selva da Terra real,
Num paraíso que foi apresentado.
O desejo de os olhos fechar,
Não mais os ter de abrir,
Que o mar me leve para longe,
Pode ser até ao seu fundo.
Perdi a noção do eu,
Cansei de ser eu,
O sorriso que conhecem,
Tem desejos de morrer.
Continuo a dizer o mesmo,
Não me levem em lágrimas,
Fiquem com o sorriso aberto,
E as piadas de Stand Up.
Liberto a alma ao vento,
As desculpa deixo a quem fiz mal,
Na família sei que nao estive sempre,
Nos amigos perdi o par.
Só te peço a ti,
O meu anjo da guarda,
Que tomes conta de todos,
Como eles merecem o teu abraço.
Criei o meu próprio destino,
Acreditando que era real,
Não soube ver os sonhos,
E vivi no pesadelo.
Tive momentos bons,
Tive momentos assim assim,
Mas na quebra do destino,
Perdi as forças  no mal.
Não entendam como uma fuga,
Não me levem a mal,
Sei que o melhor para todos,
É o meu adeus para sempre.
Não eternizem o meu corpo,
Fique o meu sorriso,
A alegria de ver rir,
No olhar dos outros.
Fui ao meu limite,
Cai e levantei,
Voltar a cair era lema,
Mas daqui não saio mais.
A ti que me fizeste acreditar,
Só tenho a agradecer,
Foste o que me fez viver,
E acreditar no amor.
Perdi a guerra,
Sem nela ter entrado,
Perdi a vida,
No dia que Perdi o sentido...