quinta-feira, 30 de abril de 2020

Mostrem o que gostam!!!


Mostrem o que gostam,
Como se tocam,
Como trocam caricias,
De forma sensual as delicias.
Não pensem que estou,
Façam como sozinhas,
Deixem o tempo solto,
No espelho de vistas.
Onde arrepia mais,
Por onde caminhar,
Quais os locais certos,
De tocar em cada hora.
Como a roupa desaparece,
Entre vocês as duas,
Embrulhadas nos lençóis,
Longe das vistas.
Quero sentir de fora,
Como duas mulheres,
Se trocam entre si,
As melhores caricias.
Se as linguás se cruzam,
E os dedos deslizam,
Por caminhos desconhecidos,
Por feitos estreitos.
Quanto se pode pedir,
Na aprendizagem certa,
De nos toques sentidos,
Se não perdem momentos.
Deixem me ver sem tocar,
Apenas apreciar aprendendo,
Como se pode elogiar,
No toque a mulher.
E com vistas de perto,
Aprender arrepios,
Que passaram ao estreito,
Por nunca ter ali feito.
Usar o melhor de vós,
Para depois a sós,
Poder experimentar,
As formas de arte.
Sentado e apreciando,
Como os corpos se movem,
E os pedidos que fazem,
Sem a boca abrir.
Quero ver como se perde,
As horas a fio,
Sem por elas passar,
No relógio da mente.
A beleza das curvas,
Que assentam no corpo,
Libertam o libido,
Presente na mente!!!

Na pele escrita...


Tatuarei meu corpo,
De uma forma tal,
Que cada pedaço,
De escritos selará a alma.
Anjos e estrelas até,
Com cruzes e luas depois,
Com linhas escritas,
De uma alma sentida.
Uma de cada vez,
Com pedaço de história,
Mas com lugares vivos,
Dentro da minha memória.
Usado pelo desenho,
Com estantes de livros,
Apoiadas em locais,
De nada estranhos.
Memorias ou lembranças,
De sonhos ou coisas,
Que para mim importantes,
Desejo ter expressas.
É sempre só mais uma,
Foi a ultima digo sempre,
Mas que será até,
A uma próxima vez.
O anjo que defende,
A estrela que ilumina a lua,
A cruz que carrego,
E o lema de vida.
São formas de estar,
Não uma beleza que assumo,
Mas o que gosto de ver,
Em meu corpo descrito.
Na pele a luz negra,
De uma bela tatuagem,
Que demonstra o que sou,
Em pedaços de história.

As vozes que não se calam...


Hoje oiço vozes,
Sem nada dizerem,
Perdi a noção do tempo,
Que me trouxe o confinamento.
Entrei em transe,
Fiquei sem chão,
Percebi que falo sozinho,
E arrepanho os cabelos.
Deixei me enrolar,
Não no mar nem areia,
Mas nas vozes que oiço,
Dentro de minha cabeça.
Fugir não faz sentido,
Porque já nem tenho,
Local para ir,
E deixar aqui as vozes sozinhas.
Hoje senti me ir,
Sem perceber como,
Mas hoje bate forte,
Muito mais que um martelo.
Gritar não importa mais,
Senti que o meu sentido,
Deixou de fazer sentido,
Neste Mundo sem sentido.
Hoje assumi que lutaria,
Por um Pais decente,
Nem que isso causasse,
A minha mesma morte.
Mas agora vi e senti,
Bem sério nesta mente,
Que entrei em loucura de transe,
Sem perceber como.
Hoje oiço vozes,
Hoje elas gritam sem fim,
Hoje a mente fez tilt,
E não foi do confinamento.
Foi um tempo intenso,
Que intensamente não acaba,
Mesmo que se saiba,
Que todos fomos enganados.
Custa olhar e ver,
E ouvir as tais vozes,
Dizer que sim ou que não,
Consoante a maré dita.
Hoje foi de vez,
Que a minha mente gripou,
Sem a tal doença em mim,
Se ter chegado.
Hoje as vozes estão fortes,
Hoje assumo a loucura,
Dentro de mim estarem,
As vozes que não se calam.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Humor Negro...


Esse tal humor negro,
Que percorre o sangue,
Não que deixe quente,
Mas faz com que se aguente.
Faz sorrir poucos,
Mas o que alegra,
É com ardentes momentos,
De riso contagiante.
Com o poder de sátira,
Se sobrevive e vive,
Entre pessoas exigentes,
De demasia monotonia.
Nem o talvez serve,
Como o sim pode ser não,
Ou o não talvez um sim,
Mas é certo que sorri.
Entre o tema morte,
Como o adesivo ferido,
De uma mente a quente,
Que liberta tal eloquência.
Hoje ou amanhã,
Não será visto como ontem,
Pelo que até servirá,
De aperitivo como abertura.
Entre os corpos no chão,
Pelo riso entoado,
Vibra a sintonia,
De um sentido enforcado.
Não é uma força sentida,
Mas uma mente em demasia,
Que se chega na frente,
Para o fazer ser mais eloquente.
Apesar de não ser apreciado,
Pela quantia de humanidade,
Que o sente como quem o gosta,
Será sempre em fantasia.
Realça o poder de pensar,
Não é um condão de fadar,
Mas sim a alegria de pensar,
Mais rápido que a maioria.
Só assim faz sentido,
O rir com o negro,
Para lá da Luz,
Que vibra no ar.

A fuga do Romantismo...


Lá vai ele fugindo,
Pelas pedras da calçada,
Numa ladeira inclinada,
Esse tal de Romantismo.
Esquiva se pelas esquinas,
Rodeia se de ruelas,
Saltita entre as varandas,
Pela sua saúde arquitectónica.
Desespera sem a saudade,
É constantemente chamado,
Entre dizeres e pensamentos,
Sem a mácula de cuidados.
Pertence ao culto dos livros,
Encanta se pelas imagens,
De filmes e fotos,
Como um Principe Rei.
Olha nos distante,
Como se fosse sério,
E o único certo,
De um cupido existente.
Solta em mentes despertas,
O culto de bem dizeres,
Pelas alegrias ouvintes,
De cantares pelos saberes.
Hoje podem ser Rosas,
Amanhã chocolates até,
Com os anéis certos,
Em delírios de diamantes.
E assim os sorriso ficam,
Em sonhos talvez,
De que amanhã será certo,
Que não morrerá o Romantismo

domingo, 26 de abril de 2020

Sente o meu Abraço...


Senti o teu cansaço,
Na tua voz repousava,
Em cantos escondidos,
De uma alegria perdida.
Não sabendo que dizer,
Em alma queria ajudar,
Não dizendo palavras certas,
Para te fazer arrebitar.
Queria abraçar te na hora,
Que as lagrimas caiam,
Em teu doce rosto,
Com linhas de donzela.
Sentir te assim longe,
Faz me querer furar,
As montanhas que separam,
Os nossos dois seres.
Só queria voar naquele passaro,
Que ali dá as asas,
Para em tua direção ir,
E abraçar te sem fim.
Não conseguir ajudar,
Faz me sentir mal,
Mas sei que tens força,
Como um trovão forte.
Sente em ti o tal poder,
Que te fizeram acreditar,
Quando te diziam não ser,
Uma coisa para seres tu a fazer.
Iluminas como as Estrelas,
Em noite de Verão,
Tens conquistas mais puras,
Que muitos que as tiveram.
Hoje seria um dia,
Em que ao Sol de luar,
Perderíamos horas a dançar,
Como já foi antigamente.
Sente daquele sentido lato,
Em que o abraço dado,
É mais presente agora,
Que aquele que já foi dado.

Boneca de Porcelana...


A boneca de porcelana,
Que se delicia na estante,
Como uma beleza rara,
Com um poder deslumbrante.
Entre traços desenhados,
Que de tão verdade parecerem,
Sentimos como verdade,
O sorriso por ela tido.
Caminhamos em qualquer lado,
E sabemos que um dia,
Aquela boneca de porcelana,
Nos aparecerá na frente.
E pensamos logo ali,
Quem te deu vida,
E conseguiu te fazer sair,
Daquela estante ali.
Será o sorriso copiado,
Ou o olhar desenhado,
Na perfeição de um rosto,
Que admiramos com gosto.
Será o andar condizente,
Com a perfeição que conhecemos,
Em dias a dias ali,
Visitada sem fim.
Sabemos o sabor do céu,
O limite das estrelas,
A humidade do mar,
E o calor do sol.
Mas saberemos ao certo,
O poder do sorriso,
Que todos os dias acompanha,
No cimo daquela estante.
Só quando na realidade,
Ela se cruzar de verdade,
Como um sorriso certo,
De uma pureza completa.

Apenas quero ver sorrir...


Hoje sinto me perdido,
Menos que ontem,
Mais que amanhã,
Mas entregue ao destino.
A morte está mais perto,
De chegar amanhã,
Do que ontem de certo,
Pois hoje ainda cá estou.
A liberdade a um passo,
Mas repetente no destino,
De que não virá,
De certo como era.
O sentido para Norte,
Como diz sempre a bussola,
Não será o certo,
Para todos e qualquer um de nós.
Contrariar o sentido,
Dos momentos de vida,
É um capricho nosso,
De sermos sempre nós.
Viver dia a dia,
Como se não houvesse amanhã,
Seria um desígnio,
De qualquer um de nós.
Hoje o certo é errado,
Amanhã o errado será certo,
Pena que no ontem,
Se perdeu de vez o incerto.
Julgar que ver as Estrelas,
Seria o nosso céu,
Em noites de Verão,
Como um absoluto objectivo.
Agora apenas ver,
Os mais belos sorrisos,
Em praças e pracetas,
De um qualquer local.
É o que se pretende,
Para que volte o sentido,
De o coração bater,
Em todos os segundos de nós.

O encanto do Sol...


 Naquele cigarro vivido,
Como que não fosse fumado,
Em campos de Lírios,
A visão de um sorriso.
Encantado pelo ser,
Vivido pelo ensejo,
De presenciar bem perto,
Como se fosse um desejo.
Horas se passam,
Sem por elas dar conta,
Entre frase e risos,
De beleza incalculável.
Sentimento perdido,
Encontrado sem dar conta,
Pelo caminho do perto,
Se distancio para longe.
Com o caminhar se perdia,
A visão no horizonte,
Sem perceber que o sorriso,
Marcaria todo o sempre.
Com cara de boneca,
Entre os risos calculados,
Se perdia a inocência,
De um ser angelical.
Em Castelos se viam,
As estrelas bem perto,
E sem existir nada,
O carinho ficou sempre.
Perdido em ilusões,
De fugas entre canhões,
Para uma terra distante,
De tão desconhecida ser.
Nos delírios dos Deuses,
O Sol nunca estremeceu,
Pelo seu sorriso,
Em terras perto do céu.
Ultimam se os carinhos,
Que se ficam pelo caminho,
Sem se sentir perdido,
Entre os momentos sentidos.
Palavra chama o vento,
O sorriso a Lua,
O olhar as Estrelas,
E o encanto o Sol.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Amanhã passo mau na Democracia...

Hoje véspera de liberdade,
Presos nos declaramos,
E assim se aceita,
Em todos os sentidos.
Mas se a uns se exige,
A outros se beneficia,
E depois não se entende,
A que se deve a distância.
Amanhã um marco na história,
Pelo seu passado criado,
Mas amanhã também,
O passo atrás na democracia.
O povo rendeu se,
Perdeu se de lutar,
Por um acreditar,
Na sua governação.
Aceita se porque sim,
Sem se quer duvidar,
As razões serias,
De tal confinamento.
Reza a História Tuga,
Que já fomos donos,
De quase meio Mundo,
Se contarmos que ele redondo é.
Perdemos em gerações,
O que ganhamos em Seculos,
Doamos o sangue,
Que outrora derramamos.
Até mesmo quem lutou,
Em tal dia de Setenta e Quatro,
Se rendeu ao que se faz,
Neste canto já quieto.
Desde o inicio que pediram,
Um confinamento social forte,
Mas quem o pediu,
Nunca a ele se rendeu.
Fica estranho os pedidos,
Mas depois abrirem excepções,
Que se não houvessem,
Não haveriam explosões.
Resta nos olhar para o topo,
E pena deles sentir,
Por terem mártires no povo,
Para eles um dia ver cair.

Vivente de Sorrisos...


Sempre me assumi,
Como vivente de sorrisos,
Assim buscava força,
Em sorrisos de outros.
Hoje contra tanta parede,
Me encontro em branco,
Sem forças de sentir,
O sorriso do outro.
O meu está a ir se,
A dor instala se,
Em locais desconhecidos,
E não uma dor física.
Sempre disse a todos,
Que era no sorrir,
Que ganhava a força,
De outros fazer sorrir.
Já me perdi outra vez,
Já vi o escuro de novo,
Entalado entre paredes,
De branco a imensidão.
Quero cortar as cordas,
Sentir o Mundo vivo,
Com forças que se esgotam,
Nos segundos que passam.
Saber onde estou,
O caminho de onde vou,
O esconder de sentimentos,
Levou a este aconchego.
Bravura se pede neste tempo,
De isolamentos forçados,
Mas as forças já se foram,
De todas as formas.

Chegaste sem ninguém ver!!!


Estavas ai perto de mim,
Sem ninguém te ver,
Mas a mente pressentia,
Que tu ias colar em mim.
Devagar chegaste,
Com diversos avisos,
Em formas de cansaço,
E o sono assim fugia.
Hoje instalaste te forte,
Em pedaços que não chego,
Como uma gosma,
Com uma cola bem forte.
Já tentei descolar te,
Fui ao banho em gelo,
Mas mesmo assim,
Continuas bem forte aqui.
A fome foi se,
Os quilos ficaram,
O olhar estremece,
Quando ouve vozes.
A voz ficou diferente,
Em sentidos que presenteia,
Com a ilusão,
Que se chegou no fundo.
Que o Sol amanheça,
Que o luar estremeça,
Que as estrelas brilhem,
E a alegria regresse.
Solta te de mim,
Cola te no jardim,
Deixa te renascer,
Como uma flor a crescer.
Deriva pelo ar,
Entre as gotas da chuva,
Liberta todos os sorrisos,
Por onde tu passes.
Deixa de estar aqui,
Solta as amarras daqui,
Procura um porto de abrigo,
Que apenas te de sorrisos.
Fica onde não te veja,
Deixa a minha mente navegar,
Imaginar o amanhã chegar,
Cheio de sorrisos soltos.
Em forma de cansaço,
Apresentaste tua chegada,
Hoje descrevo te,
Como tristeza solitária.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Anjo Pelos Pingos da Chuva...


Desceu um anjo,
Ninguém o viu,
Por entre os pingos da chuva,
Passou despercebido.
Trazia consigo vestes,
De uma Coelhinha,
Cruzada com asas,
De anjo celestial.
Procura se entre mortais,
Os crentes em tais,
Que possam designar,
Quem se por este anjo passa.
De vestimenta sensual,
Em ruas desertas,
Seria fácil perceber,
Quem se destacava assim.
Mas no sentido lato,
De um estado em mosaico,
A percepção sonora do ser,
Fica difícil de se perceber.
Orientado para estar,
Entre os fieis dormentes,
Em crenças partilhadas,
Por sentidos universais.
Suas asas passam por sinais,
Com relevos para o céu,
Que indica o horizonte,
De navegações cruzadas.
Um anjo sorridente,
Pela sua descrição,
Entre fumos presentes,
E roupas sensuais.
São as orientações,
Que traz para sorrir,
Em ocasiões certas,
De gentes incertas.
Pulado e saltando,
Entre ruas e ruelas,
Dando largas aos voos,
Que permitem estar perto.
Calando os infiéis,
Que se mostram incapazes,
De provar o que existe,
Pelos certos inexistentes.
Usa as curvas de sensualidade,
Em paredes de beleza,
Deixando de boca aberta,
Quem presencia tal ser.
E assim existe,
Na terra um anjo,
Dizem os históricos,
Que acreditam no ser!!!

Ver no areal...


Quero poisar os pés na areia,
Sentir o seu calor,
Caminhar no mar,
Sem os pés molhar.
Ver a paisagem verde,
Que se sobrepóem ao azul,
De um mar celeste,
Em torno de um globo terreste.
Calar o meu ser,
Com o seu chamar de mar,
Um valor que se tenta,
Em mergulhos em seco mar.
Deixar as roupa espalhadas,
Pelo areal vazio,
Onde apenas se vê,
As curvas no horizonte.
Pensar que assim cheguei,
Ao paraiso sonhado,
Em alcances mentais,
De um sentido calcado.
Ver o ondular bater,
Com o mar bem suave,
Numa areia quente,
Desesperada por toque.
Reviver o que foi,
Sentir o que é hoje,
Ficar a sorrir pelo amanhã,
E deixar a mente ali.
Não procurar o deserto,
Viver no incerto,
Pensar no que ficou aberto,
De gente ali que faz gosto.
Ficar sentado no fim,
Olhando para a propria imensidão,
De locais que despertam,
O zelar pelo finalmente.
E tocar no Sol distante,
Onde o Luar virá de seguida,
E o calor apertará,
Tanto com o abraço sentido.

terça-feira, 21 de abril de 2020

Calor de Luar...


Liberta essa mente,
Deixa o vinho no copo,
Olha para o Sol,
E apresenta te solta.
Sente o calor do luar,
Vibra com o som do silêncio,
Faculta o sentido,
De um colar da Lua no Sol.
Ouve a inocência,
Que aperta no desejo,
E ouve com atenção,
O previsto no coração.
Olha com atenção,
Nos detalhes vês a ilusão,
Criada pela emoção,
Pedida pela tentação.
Vem aqui surrando,
Umas palavras ditas,
Como alegria de anjos,
Pela visão do Por do Sol.
Deixa o copo de vinho,
Actuar no teu sabor,
Mastiga o adocicado,
Sabor amadeirado.
Ondula o cabelo,
Mexe com teus dedos,
Deixa a imagem certa,
No contraste do Sol.
Usa teu melhor sentido,
Na apreciação exacta.
Do Sol que baixa,
E a Lua se levanta.
Joga fora o feitio,
Para ao lado regulares,
O que teus olhos vêem,
E o sorriso apresenta.

Foi pela janela que entraste...


Entraste pela janela,
Como se nada fosse,
Caminhaste até mim,
Com ar de mandona.
Entregaste tua forma,
Na sombra da parede,
Que transmitia em plenitude,
O contorno de tuas curvas.
Pediste silêncio,
E que meus olhos fechasse,
Deixaste no ar,
O que poderia acontecer.
Em segundos senti o toque,
De tuas mãos em mim,
Pensando onde caminharias,
Com a sua suavidade.
Deixe me quieto,
Como a teu pedido,
Um momento de sensação,
Em ternura adjacente.
Inventando formas de toque,
Em rendição da pele,
Com os poderes da mente,
Ligaste te a mim.
Dei voltas e voltas,
Através da minha mente,
Dentro de mim pensei,
Em como estavas vestida.
Só senti ao certo,
O toque do salto,
Que sentia subir,
Pela perna minha.
Os lábios quentes,
Sentidos em mim,
Como um pedaço,
De gelado derretido.
Um querer intenso,
Que não ficasse ali,
Queria poder abrir os olhos,
E sentir mesmo assim.
E nos olhos fechados,
Ganhaste a vontade,
Que cresceu e ficou,
Intensa de calor humano.

domingo, 19 de abril de 2020

Não te liberto agora...


Quero te aqui hoje,
Não fujas para amanhã,
Liberta te dos sentidos,
E volta para mim.
Queima mais que Sol,
Ilumina mais que a Lua,
Corre mais que um fuguetão,
Olha me como uma iluminação.
Desperta a cobiça,
Que pressentes em mim,
Delimita as arestas,
Que colas em mim.
Sai em fuga de onde estás,
Sente mesmo que es capaz,
Gosta de tudo que rodeia,
Só para me satisfazer.
Não teimes na preguiça,
Não desistas de lutar,
Sente a vontade atroz,
De uma vontade a dois.
Percorre os trilhos,
Que já traçamos,
Em que nada existe,
Sempre que estamos juntos.
Fideliza o sentido,
De um estar em ti,
Como se fosse o certo,
De um incerto imperfeito.
Dá de ti em mim,
Como uma Oreo complementa,
A bolacha com o creme,
Numa chávena de leite.
Desistir nunca sabes,
Para podermos ter,
O futuro desenhado,
Sem estar na mesma traçado.
Assim sabes que te quero,
Não te liberto agora,
Preciso de ti nesta hora,
Minha doce querida mente!!!

Um copo de vinho tinto...


A vontade aperta,
Na imagem que desperta,
O desejo de colocar,
O melhor vinho na mesa.
Deixar a lareira em lume brando,
Para o calor que aperta,
Em tempo de Sol lá fora,
Que a Lua desperta.
Pegar nos copos,
Beber um pouco,
Sentir na boca seu sabor,
O aroma que dele emana.
Derramar em ti,
Mesmo vestida,
Para poder sentir,
O teu grito sentido.
De um vinho a escorrer,
Pelas aberturas da roupa,
Que teu corpo saliente,
E ver teu olhar assim.
Opinar que pode escorrer mais,
Até o vinho acabar,
E deixar tua pele,
Em brando vinho tinto.
Desperdiçar ou aproveitar,
A questão que se coloca,
Depois de tanto vinho,
Por ti estar a correr.
Tuas curvas salientes,
Ficariam em cores,
Pela junção da roupa,
Com o sabor do vinho.
Usar melhores expressões,
Utilizar todas as emoções,
Finalizar com o poisar,
De uns copos vazios.
Tudo isto assim,
Sem demoras e ainda,
Com o vinho na boca,
A saborear seu suco.
Deitar te junto,
Da lareira ainda acesa,
Com tua pele a pedir,
Tira o tecido já.
Não deixar secar,
Conseguir o sabor,
De um vinho suculento
Com a doçura da tua pele.
Aproveitar a luz de velas,
Que incendeiam o recanto,
Onde se encontra a lareira,
Naquele lume totalmente brando.
Sentir e saborear,
A degustação do vinho,
Que depois de saboreado ao léu,
Virá com gosto teu.

Em telas abstratas...


No texto descrito,
Numa tela rasurada,
Podemos ver letras,
Formosamente abstratas.
Entrando pela mente,
De quem as vê,
Podemos perceber bem,
Quem as escreveu.
Uma loucura saudável,
Ou um tema escaldante,
Fará sempre amostra simples,
De uma escrita a quente.
Podemos sentir cada letra,
Mais mesmo que as palavras,
Consoante a mente deixe,
O caminho ser absoluto.
Caminhar pela praia,
Pode bem significar,
Entrar pelo teu quarto,
E até beijar te.
Soltar o desejo em ti,
Pode ajudar na linha,
De quem apenas deseja,
Ver uma simples linha de mar.
Não será sempre como vemos,
Pois as linhas variam,
Consoante quem as lê,
Depois de quem as escreveu.
O filosofar demente,
De um escritor prudente,
Pode não dar o mesmo sinal,
Que a loucura assumida.
Barões e Rainhas consumidos,
Em textos de seres assumidos,
Como poderes feitos,
De um passado muito recente.
Deixar delinear as frases,
Consoante as marés,
Que atravessam o corpo.
Pelo sentido de palavras.
Visualizar em imagem,
O texto que nos aparece solto,
Em notas musicais,
De formatos Libertos.
Assim deixamos a mente,
Em navegação pura,
De uma soltura permitida,
Pelo desejo de pureza.
Sentidos libertados e apurados,
Como de uma conquista feita,
Em pleno planalto de sobressalto,
Sem aviso prévio.
Xingando e avisando,
Que o Sol amanhã sairá,
De forma tal que o hoje,
Será apenas o ontem de amanhã. 

sábado, 18 de abril de 2020

Na chegada de máscara


Na chegada pela calada,
Um ser desconhecido,
Se aproxima pela sombra,
Imperfeita de se notar.
Pelo escuro chegou,
De mansinho se instalou,
Colocou se a par,
De quem nunca esperou.
Fez da emoção a tentação,
De uma vibração desloucada,
Por tentativas de descoberta,
De quem vinha com a cara tapada.
Apresentou se sem falar,
Chegou a confessar,
O que tinha já feito,
Pelo Mundo insatisfeito.
Colocou sua mascara,
Deixou tudo as claras,
Sem prever se como travar,
Intensamente este trejeito.
Deixou uma marca tal,
Que o amanha ser incerto,
Como o ontem já desapareceu,
Num hoje que se calhar se viveu.
Não abandonou a sua causa,
Deixou a sua marca,
Entrou para nos fazer,
Pensar em ser melhores.
Do seu sorriso intenso,
Rezará a historia,
Pelo momentos vividos,
Na sua presença de mascara.
Deixou conhecer o sorriso,
Deixou o toque com afecto,
Pelo olhar deu esperança.
De um Sol para amanha.
Ultima as conquistas,
Para as lembranças esquisitas,
De tempo a tempos pensarmos,
Que deixamos o sorriso em espasmos.
Guia o caminho que quer,
Pelas indicações de esperança,
Em povos crentes até,
De uns Ateus distantes.

Pelos dedos escrevo!!!


Hoje deixo que me descubras,
Através dos meus dedos,
Não porque te tocam,
Mas pelo que escrevem.
Hoje deixo em liberdade,
O que eles querem unir,
Como letras que fazem palavras,
E palavras que semeiam frases.
A mente hoje apagou,
Deixou de lado a escrita,
E devorou o que os olhos,
Vêm os dedos escrever.
Não sinto que saiba mais,
Apenas o que não sei,
Será valido demais,
Para um intento qualquer.
Sem gostos ou feridas,
Aberto ao que de lá vem,
Só pretendo ser mais alguém,
Que no sorriso será lembrado.
Os dedos percorrem as letras,
De um qualquer teclado,
Que se coloca ligado,
Ao coração delineado.
Existirá maior vontade,
De poderem ler mais,
Do que escrevo até,
Mesmo que sem isso tenha feito.
Libertem a mente,
Nem sempre dois com dois,
Dará um quatro redondo,
Pois existe também o vinte e dois.
Colem no sentido,
Não no que querem saborear,
Saibam que se resiste a tendencia,
Ao que se quer apresentar.
E assim foi com os dedos livres,
Que os traços destas linhas,
Vos fazem ler um pouco,
De uma mente completamente aberta.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Um Premio teu...


 Rasga me as vestes,
Que prendem a alma,
De uma fuga incapaz,
Para um destino incerto.
Rompe com os dizeres,
Que tantas incertezas trazem,
Como que alimentam,
Uma prisão indesejada.
Deixa te ir pelo ir,
Sem termos que vir,
Aos locais visitados,
Com a nossa presença.
Tira me o manto que aquece,
Deixa me no frio gelado,
De uma lareira acesa,
Com sua luz bem alta.
Leva o sentido de tudo,
Para um nada ali mesmo,
Com total redenção,
De uma alma sentida.
Joga bem no alto,
O que pode gritar baixo,
Em longitude no caminho,
Pela essência do momento.
Finaliza o sentimento,
Que se perdeu naquele momento,
Em instante divino,
Como o toque de um sino.
Canta me no ouvido,
O sinal de liberdade,
Pelo que se viu até,
Uma morte fingida.
Usa me e abusa,
Como teu boneco de papel,
Em que no sopro se enche,
O coração de emoção.
Rasga o vestir,
Rompe o futuro,
Queima a ilusão,
Usando a imaginação.
Fica aqui sem estares,
Sai a correr para aqui,
Não reconsideres o tempo,
Que dizem já se perdeu.
Heroicamente sê heroína,
De um tempo só teu,
Onde o Sol distante,
É um prêmio teu.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

A musica no teu corpo...


Deixa me pintar teu corpo,
Com as letras de uma canção,
Onde não se lamente,
Apenas exista coração.
Queima os livros dormentes,
Que as lágrimas soltam,
E absorve as energias,
Que as letras gritam.
Sente o que está descrito,
Não pelo transcrito,
Mas sim pelo poder,
Da tua mente.
Cola os bocados de alma,
Que dos livros se soltam,
Para um imaginário solto,
Em pedaços de cada grito.
Sente o poder da escrita,
Na tua pele sentida,
Pela caneta ardente,
De uma mente quente.
Não largues já a capa,
Segura com força,
De uma forma subtil,
Em pedaços de vinil.
Dá aso à tua imaginação,
Larga o escrito nas letras,
Busca o poder da inspiração,
No som de balas.
Lê cada palavra,
Como uma junção,
Perfeita e dada,
De cada letra separada.
Olha como escrevo,
Deliciado no teu olhar,
Sem olhar no rascunho,
Da musica que escrevo.
Deixa de imaginar agora,
Sente o realmente hoje,
A maneira como descrevo,
A musica nas palavras desenhadas.
Reduz a noção exacta,
Do sonho que persiste,
Pelo ditos da canção,
Que no teu corpo desenhei.

Na tua silhueta de calor...


Descobre o manto,
Que reveste teu corpo,
Deixa o frio chegar,
Para o calor em lume ficar.
Solta o copo que seguras,
Recolhe o seu liquido,
Em teus lábios sedutores,
Para nos meus depositares.
Ignora o toque que chama,
No aparelho que vibra,
E deixa a vibração ficar,
Apenas entre nós.
Coloca o teu sentido,
Em latitude e altitude,
Bem assente no olhar,
Que tens em ti.
Fere o repelente que exalas,
Para usares o que quente,
Que soltas no teu sorrir,
Em plenitude do teu ser.
Julga ou critica,
Pede sem falares,
Tenta o que pretendes,
Mas deixa me olhar bem.
Quero continuar a fechar os olhos,
E desenhar tuas curvas,
Como se as estivesse a delimitar,
Com a ponta dos meus dedos.
Já não quero arrepios,
Já não quero suores,
Já não quero respirares,
Já só quero o teu prazer.
Quero poder usar,
Meus lábios na tua lingerie,
E em conjunto com os dentes,
Tirar tudo bem devagar.
Solta a minha mente,
Liberta o pendente,
Iguala o inocente,
Mas faz me sentir plenamente.
Quero na tua silhueta,
Procurar os recantos escondidos,
Que sussurram por desejo,
Que não os deixe sem toque.
Quero tudo que deixes,
Reclamarei eternamente a promessa,
Que possas fazer ontem,
Ou até hoje ou amanhã.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Amanha correrei até...


Amanha a correr irei,
Para o campo desloucado,
Em momentos lúcidos,
De uma alma perdida.
Agarrar te e encostar te,
No capô do carro que não veio,
Para tua roupa desapertar,
Ou até mesmo rasgar.
Olhar te nos olhos,
Sem te dar tempo,
De uma respiração sentires,
E assim perderes o controlo.
Desviar tuas pernas,
Afastar tuas mão,
Não deixar tua pele,
Que se toque nela mesma.
Percorrer com o respirar,
Sem tocar nela,
Apenas sentir o calor,
Que provem de ti.
Fazer te sentir,
Com desejos de mais,
E fazer te pedir,
Não me largues jamais.
Em cada curva,
Depois de percorrida,
Com a respiração,
Mais que sentida.
Colocar os dedos,
Navegar lentamente,
Cada loucura de tua pele,
Em arrepios provocados.
Não deixar permitir,
Que controles o que respiras,
Para sem resposta ficares,
No toque dos meu lábios.
Beijar te ora loucamente,
Ora de uma maneira suavemente,
Até mesmo arrepiante,
Num doçura acalmante.
Tua pele anseia mais,
Ou pelo toque suave,
Dos dedos ou lábios,
Já só pedes o toque.
Hoje sem ires ao céu,
Com meus lábios nos teus,
Provaremos o doce,
Que detêm o teu véu.
Já os dois juntos,
Em corpos nus,
Completos e perversos,
Que se unem em nós.
Sentes o presente envenenado,
Que virá de seguida,
Com o penetrar de mim,
Em tua alma completa.
E assim fica escrito,
Como amanha será,
O teu dia no meu,
Em imaginação de sonhos. 

Estremece o meu Mundo...


Como se fica desatento,
Pelo nevoeiro provocado,
Entre a mente e o Sol,
Aquando da proveniência do altar.
Sentir que se deixou,
A alma algures,
Entre o que o poder da mente tem,
E o coração desperta.
Busca de quem se viu,
Onde nunca foi,
Perante o que advém,
Das nuvens do céu.
Sentir o que se faz,
Onde nunca se esteve,
Por entre os medos,
De uma mente perdida.
Será o desejo de ser,
O que já não fui,
Ou o poder de ter,
O que já fui.
Num desejo terreno de ar,
Onde o mar choca com o céu,
O vento navega pelas nuvens,
Cobertas de choro em sorriso.
Sentir que sinto um estar,
Num local onde não estou,
E o perdidamente solto,
Se tornou uma amarra sentida.
Explicar sem pudor,
Calor em ardor,
Pelo sentimentos de calor,
De uma alma ao seu redor.
Sentes que podemos viver,
No mesmo sentido de viver,
Uma alma ou duas até,
Em calmaria repousada.
E assim acalmar o ser,
Onde a nuvem latente grita,
De um Sol estremecente,
Com ondas de frio.
Livre me sinto,
Num ecrã sem fios,
Para o Mundo ver,
Pelos olhos alheios.
Sem explicar e falar,
Deixei de conseguir transmitir,
O que a alma grita,
Neste canto inútil meu.

domingo, 12 de abril de 2020

Coelhas na Pascoa...


Hoje dia de Pascoa,
Onde se comem ovos,
Colocados por uma Coelha,
De chocolate revestidos.
Onde a mente deveria,
Sentir se o mais pura,
Em união com o Sol,
E até com Plutão.
Onde a Cruz,
Simbolo de salvação,
Por alguém que lá cravado,
Serviu nossos pecados.
Onde a família em união,
Se reúne de casa em casa,
Sentindo o vento,
Trazido pela Água Benta.
Mas com o confinamento,
Induzido no povo,
Se ficam em sua casa,
Apenas sentindo a presença.
Hoje que a mente,
Deveria reluzir de sentido,
Por uma pureza tratada,
E traduzido por alguém superior.
De uma Fé alcançada,
Nestes dias o povo,
Realça o que se esquece,
No resto do ano.
Não só de festas,
Se vive com gente,
Existe o sentido de estar,
O resto do ano.
Eu aspiro que seja este ano,
Que a tal Coelhinha da Páscoa,
Se apresente e represente,
Aquilo que tanto vi em capa da Playboy.

Que bebida sem sabor...


Combinamos às cinco,
Cheguei às quatro,
E tu às seis,
Como que almas desencontradas.
Não perdemos tempo,
Já só tínhamos meia hora,
Para apreciarmos olhares,
E sentirmo nos vivos.
Com a calma assente,
Que a pressa era precisa,
Para não se perder,
Nem mais um segundo.
No som do mar,
Nos encontramos juntos,
Em copos bebidos,
Numa esplanada vazia.
O encontro mais parecia,
Um reencontro entre duas almas,
Que nunca antes,
Se tinham visto.
Observar como bebias,
E com o olhar penetravas,
A alma que sorria,
Por saber que ali estavas.
Sem noção do que se passou,
Em redor do local,
Mas que de vazio não estava,
Apesar de estarmos a sós.
Cantada e bebida,
Num espaço que libertava,
A mente mais presa,
E que pedia um recanto a mais.
No desejo viveu se,
Perdeu mais que um beijo,
E a pele que não se tocou,
Mas que ansiava de morte.
Com o sonho veio a vida,
O desejo se ficou,
Pelo que um dia,
Sem demoras voltará.
Os olhos se abriram,
E viram as asas voar,
Deixando na mente,
Que o momento terá sido real.
Não sei a que sabia,
A bebida bebida,
Mas sei que repetir valia,
Pela memoria fica mais um dia.

sábado, 11 de abril de 2020

Distraidamente...


Distrai me neste jogo,
Que só de nosso tem,
Usa o teu sorriso,
Ou até mais além.
Solta a doçura sensual,
Que teu espaço tem,
Fixa o meu olhar,
No teu prazer distraído.
Larga a gargalhada,
Premeia o sentido,
Distrai me novamente,
Neste jogo de dois.
Coloca a tua melhor arma,
Desarma me assim,
Num só remate,
Que teu corpo possui.
Cala me até,
De uma forma sensata,
Como sem esperar,
Teus lábios nos meus.
Venda meu olhos,
Percorre meu pescoço,
Com os lábios teus,
Colados em pele minha.
Gasta o teu latim,
No sussurro na minha orelha,
Onde os sentidos,
Se arrepanham bem cá em cima.
Distrai me novamente,
Onde a mente já navega,
E deixa o resto,
Ir pelo clima.
Provoca com teus dedos,
Que percorram minha pele,
E que entre pelo meu corpo,
O sentido do teu toque.
Como de uma fugida,
Sensação sentida contida,
Foge com o poder,
De me distraíres novamente.