sexta-feira, 17 de abril de 2020

Um Premio teu...


 Rasga me as vestes,
Que prendem a alma,
De uma fuga incapaz,
Para um destino incerto.
Rompe com os dizeres,
Que tantas incertezas trazem,
Como que alimentam,
Uma prisão indesejada.
Deixa te ir pelo ir,
Sem termos que vir,
Aos locais visitados,
Com a nossa presença.
Tira me o manto que aquece,
Deixa me no frio gelado,
De uma lareira acesa,
Com sua luz bem alta.
Leva o sentido de tudo,
Para um nada ali mesmo,
Com total redenção,
De uma alma sentida.
Joga bem no alto,
O que pode gritar baixo,
Em longitude no caminho,
Pela essência do momento.
Finaliza o sentimento,
Que se perdeu naquele momento,
Em instante divino,
Como o toque de um sino.
Canta me no ouvido,
O sinal de liberdade,
Pelo que se viu até,
Uma morte fingida.
Usa me e abusa,
Como teu boneco de papel,
Em que no sopro se enche,
O coração de emoção.
Rasga o vestir,
Rompe o futuro,
Queima a ilusão,
Usando a imaginação.
Fica aqui sem estares,
Sai a correr para aqui,
Não reconsideres o tempo,
Que dizem já se perdeu.
Heroicamente sê heroína,
De um tempo só teu,
Onde o Sol distante,
É um prêmio teu.

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