terça-feira, 7 de abril de 2020

Já não sei sequer...


Já não quero,
Já não espero,
Já não tento,
Já nem desespero.
Sei o caminho certo.
Para desespero de pranto,
Em cantos de caminhos,
Por entre vendavais traçados.
Já não vejo,
Já não caminho,
Já não oiço,
Já nem canto.
Sei que tentado vou,
Para a mente em perdição,
Que se foi no manto,
De um desejo traçado.
Já não refilo,
Já não reclamo,
Já não liberto,
Já nem peço.
O que hoje sentado,
Esperei que viesse,
Sem que chegasse.
Até um pensamento alcançado.
Já não se sente,
Já não se perde,
Já não se lamenta,
Já nem se espanta.
Que o Sol se apaga,
No final daquele monte,
Onde a Lua cresce,
Numa noite de luar.

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