domingo, 5 de abril de 2020

Explosão Corporal...


Hoje percorro teu corpo,
Sem limites de tempo,
Uso o que posso,
Na arte de sedução.
Tento te em tempos tentados,
De momentos traçados,
Nas peles cruzadas,
Em que o limite não existe.
Sentir o que dai vem,
No toque mais subtil,
De uns lábios no pescoço,
Em artes de mordiscar.
Já nem quero descobrir,
Apenas sentir o ser,
De um toque que provoca,
O mais ardente dos desejos.
Sentir o que se pode,
Não obter o que não fica,
Deixar na mente o não,
E aliar o desejo ao sim.
Não deixar em vão o peito,
Percorrer bem até ao umbigo,
Subindo devagar até aos lábios,
Que chamam os meus também.
Provocar a pele ali,
Sem demais demoras,
De um tempo inalterado,
Apenas na respiração sentido.
Quero nos pés beijar,
Subir pelas pernas lentamente,
Chegar nas coxas e rodar,
Para entrar na tua mente.
Deixar os dedos deslizar,
Pelos locais humidos,
Onde meus lábios passaram,
E a pele pede mais.
Sentir um corpo baloiçar,
Não mover o que sentes,
Pedires mais e mais,
Sem que o arder te deixe.
Já embalados no arrepio,
Sentir tuas mãos irrequietas,
Querendo mexer em mim,
Mas desejas que continue.
Queres o que vês,
Desejas o que sentes,
E com o erotismo assente,
No teu movimento.
Usas a pedido,
O que faço a seguir,
Só pedes que não se perca,
O fim que está breve.
Pedes a lingua,
Mais que nunca no teu corpo,
Em local já humido,
Sem um toque ter tido.
Ali pertinho se repousa,
Ali no toque seguido,
Se sente o vibrar,
De um acumular de arte.
Sentes que estás na hora,
Que o fim se aconchega,
No tesão do teu ser,
E ali em explosão chega.

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