quarta-feira, 1 de abril de 2020

Na respiração me perdi...


Hoje queria,
Minha boca na tua,
Meus dedos na pele,
Teu respirar profundo.
Sem limites de tempo,
Usar o teu corpo com a boca,
A pele com os dedos,
E o teu respirar ardente.
Tocar te em todos os lados,
Não deixar linhas nem curvas,
Sem um toque arrepiado,
Numa respiração pausada.
Arder o sentido,
Num toque derretido,
Num momento de prazer,
Um respirar ofegante.
Colocar tudo e nada,
Na tua pele pedinte,
Em sentidos desejos,
Por um respirar quente.
Fazer voar o sentido,
Da noção que se perde,
Nos momentos repetentes,
De respiração gratificante.
Provocar sem fim,
Deixar arder pelo fim,
De uma pele fugazmente,
Na respiração sentida.
Tocar te uma e outra vez,
Sem que possas fugir,
No desejo de mais e mais,
Presa até no respirar forte.
Colocar me entre tuas pernas,
Deixar a boca chegar,
Numa humidade provocada,
Numa respiração descontrolada.
Não largar nem deixar,
Que fujas agora,
Que tão perto do fim,
A respiração já mais além.
Já só dizes não pares,
Não me largues agora,
Sente o chegar,
Na respiração sem controlo.

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