domingo, 19 de abril de 2020

Em telas abstratas...


No texto descrito,
Numa tela rasurada,
Podemos ver letras,
Formosamente abstratas.
Entrando pela mente,
De quem as vê,
Podemos perceber bem,
Quem as escreveu.
Uma loucura saudável,
Ou um tema escaldante,
Fará sempre amostra simples,
De uma escrita a quente.
Podemos sentir cada letra,
Mais mesmo que as palavras,
Consoante a mente deixe,
O caminho ser absoluto.
Caminhar pela praia,
Pode bem significar,
Entrar pelo teu quarto,
E até beijar te.
Soltar o desejo em ti,
Pode ajudar na linha,
De quem apenas deseja,
Ver uma simples linha de mar.
Não será sempre como vemos,
Pois as linhas variam,
Consoante quem as lê,
Depois de quem as escreveu.
O filosofar demente,
De um escritor prudente,
Pode não dar o mesmo sinal,
Que a loucura assumida.
Barões e Rainhas consumidos,
Em textos de seres assumidos,
Como poderes feitos,
De um passado muito recente.
Deixar delinear as frases,
Consoante as marés,
Que atravessam o corpo.
Pelo sentido de palavras.
Visualizar em imagem,
O texto que nos aparece solto,
Em notas musicais,
De formatos Libertos.
Assim deixamos a mente,
Em navegação pura,
De uma soltura permitida,
Pelo desejo de pureza.
Sentidos libertados e apurados,
Como de uma conquista feita,
Em pleno planalto de sobressalto,
Sem aviso prévio.
Xingando e avisando,
Que o Sol amanhã sairá,
De forma tal que o hoje,
Será apenas o ontem de amanhã. 

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