quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A noite que dura...


No luar percebi as linhas,
De um corpo sem fim,
Que se atravessa no olhar,
E que aquece o corpo.
Na mesma noite fria,
Onde o Sol se deitou,
Sem deixar o seu calor,
Um corpo aquece bem.
Caminhar sem destinho,
Nas ruas me perder,
E talvez poder encontrar,
Um corpo semi nu.
Sem perdão e desculpas,
Já só quero prazer,
Pode ser nas ruas,
Nas paredes bem nuas.
Sem saber o nome,
Sem perceber o destino,
Aproveitar o seu corpo,
Em linhas bem nuas.
Usar do prazer,
Tirar o máximo proveito,
De um corpo ali mesmo,
Onde o orgasmo é intenso.
Não ter como fim,
Um poder de vencer,
Já entender o prazer,
Que é ver alguém ter.
Enquadrado na dimensão,
De uma noite de luar,
Onde seu rosto brilha,
E o olhar ilumina.
Usar os meus dedos,
Percorrer bem as linhas,
Sentir o arrepiar,
Até sentir bem o molhar.
De seguida colar a boca,
Em pele já de galinha,
Onde cada toque um gemido,
Até chegar bem no meio.
Já bem molhada de prazer,
Sem lá ter chegado,
Sentir o suco doce,
De um orgasmo a chegar.
Aproveitar o jogo,
De uma boca com dedos,
E com o nariz provocar,
O Clitoris que me chama.
Virar e colocar,
As mãos na parede,
Abrir bem as pernas,
Para ali mesmo possuir.
Não importando quem passa,
Onde até se está,
Apenas o desejo ardente,
De ver mais um orgasmo.
E no momento do orgasmo,
Onde o corpo treme,
Entrar dentro dela,
Sem conhecer seu nome.
Ficar com vontade,
No crescimento do prazer,
Não acabar por hora,
Que a noite ainda dura!!!

Dançar até acordar...


Nos caminhos de solidão,
Encontramos a criação,
De um ser perfeito,
Que antes víamos imperfeito.
Já recusei gritar,
Já percebi o silencio,
Agora sei que entendo,
O que meu ser pede.
Enriqueci o destino,
Trepei como em escalada,
Uma revolta tentada,
Em nada conseguida.
Ergui das cinzas,
Cai na lava,
Soltei o vulcão,
Perdi a essência.
E no fundo descobri,
O sorriso em vida,
Que na morte pedia,
Para poder desaparecer.
Entendi o que perdi,
Percebi o que ganhei,
Vivi para sentir,
A paz de um ser.
Entender o poder,
De um ser divinal,
Como que angelical,
Em pertença de mim.
Regressei ao meu eu,
Entreguei me ao Sol,
Já só peço a Lua,
Para chegar perto das estrelas.
Dentro bate no peito,
O coração que resiste,
A mais uma queda,
Em altos voos.
Sentir o que sinto,
A paz que necessito,
Já só quero deitar,
E sorrir no meu tecto.
Quisera o sonho perfeito,
Chegar de mansinho,
Já cansado de me dar,
Sem nada receber.
Pedir sem falar,
Rir sem ouvir,
Apenas ficar a olhar,
Possa ser tudo que peço.
Ficar na paz interior,
Felicitar e agradecer,
Que por aqui passou,
E quem mais chegará.
Já só se tenta ser feliz,
Sem restos de sonhos,
E nos sonos perfeitos,
Dançar até acordar!!!

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

O meu Mundo...


Já gritei calado,
Já cantei em silencio,
Já fugi sem sair,
Já só quero o meu Mundo.
Em reflexos me vejo,
Como que perdido,
Sem ter um rumo certo,
Só preciso do meu Mundo.
Em velocidade fiz curvas,
Em montanhas cheguei na beira,
Nos travões não quis tocar,
Para descobrir o meu Mundo.
Entoei e pedi aos Deuses,
Que me tirassem daqui,
Me levassem para onde,
O meu Mundo estiver.
Já tive calores no gelo,
Esfriado em alta temperaturas,
O meu corpo perde se,
E sente falta do meu Mundo.
Usaria todos os poderes,
Encontrarias os melhores caminhos,
Se descobrisse onde estava,
O meu Mundo de verdade.
Cansado de mim,
Cansado de não ser ouvido,
Ansiando pelas lagrimas,
Que pelo meu Mundo param.
Já só queria roda o Mundo,
Encontrar no canto ali,
O sorriso mais belo,
Que no meu Mundo existe!!!
 

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Lingerie, Chicote e Salto alto...


Hoje eu assumo,
Vem já e agora,
Traz a lingerie,
Chicote e salto alto.
Quero sentir a dor,
No prazer do teu olhar,
Usa minha pele,
Como paz da tua cor.
Prende me na cama,
Venda me até,
Não percas um segundo,
Usa me como um só.
Rasga bate e beija,
Faz de mim um oito,
Entra pelo coito,
E acaba na dor.
Deixa me pagar,
Todas as promessas,
De hoje e amanha,
Não escaparás.
Enriquece o vocabulário,
Larga bem alta a nota,
De uma voz rouca,
Em palavrões ditos.
Não percas o segundo,
Nem até o momento,
Usa bem o chicote,
E caminha de mansinho.
Não percas a consciência,
De que o tempo é teu,
O momento apenas nosso,
Em teu acordo certo.
Hoje mandas tu,
Usa a força feita,
Em desejo consistente,
De um prazer bem alto.
Só te peço mais uma vez,
Hoje a noite é tua,
Deixa para trás,
Os limites pensados.
E a porta fica aberta,
Não percas no caminho,
Eu aguardo aqui,
Que chegues já!!!

De trauteante pedinte...


Já não tenho para onde ir,
Sem destino me vejo,
Em caminhos cruzados,
Pelo andar perdido.
Quente ou frio,
Em certo ou errado,
Ignorante em tudo,
Entendido em nada.
Pujante tentador,
Em nada conquistador,
Enternecido pelo sol,
Enriquecido pela lua.
Refilante pela revolta,
De ondas passadas,
Que no futuro serão dadas,
Pelo presente bem calado.
Valente doador de sorrisos,
Alcançando os objetivos,
De nos outros fazer rir,
Mesmo que lá fora troveje.
Na loucura assim dada,
Sem o colete de forças,
Mas aquecendo bem a alma,
De trauteante pedinte.
Tocando em mim,
Pedaços de tu,
Colando neles,
O Mundo imperfeito.
Assumindo o diferente,
Cantando o indiferente,
Correndo no regresso,
De um lento cansaço.
Abanando o corpo,
Entre os sons saídos,
Pela cultura da musica,
De alturas do céu.
Ficando no poder,
De escolher o meu,
Momento de prazer,
Em ver a lua tocar no céu!!!

Como se fosse magia...


Como se fosse magia,
O dia ficou longo,
O tempo clareou,
E o Sol brilhou mais.
Como se fosse magia,
O sorriso ficou perfeito,
As lagrimas secaram,
E alma entendeu o acaso.
Como se fosse magia,
O orgulho seria feito,
De uma conquista dada,
Em gente imperfeita.
Como se fosse magia,
O espelho abriu as portas,
Deixou o seu mundo,
Em plena cavaqueira.
Como se fosse magia,
O reflexo visto,
Não tinha imperfeições,
Era de tal realeza.
Como se fosse magia,
A rosa e o vinho,
Em conjunto perfeito,
Deixou aroma de fantasia.
Como se fosse magia,
O incerto pode ser certo,
E o livro escrito,
Mais uma vez rescrito.
Como se fosse magia,
O longe ser perto,
Em voos alcançados,
De traços desenhados.
Como se fosse magia,
Até o queimado ficar bem.
Em toque perfeito,
Como se fosse perfeita magia!!!

Do vermelho ao encarnado...


Do vermelho ao encarnado,
Do sentido ao insensivel,
Do tentado ao feito,
Do sussurrar ao grito.
Pego na minha mente,
E descrevo o certo,
Que nesse vestido incerto,
Te tirava as medidas.
Revolta pelo sentido,
Que nas palavras conto,
As pontas que se soltam,
Não da roupa apenas.
Entro na loucura,
De assumir o desejo,
Na minha boca calada,
Em minha mente tentada.
Liberto gemidos,
Grito sem falar,
O teu corpo desejo,
Apenas só mais uma vez.
Hoje eu aceito,
Podes vir até de encarnado,
Hoje fica certo,
Que não exijo o vermelho.
Indevido pensamento,
De sentir bem perto,
Que roupa interior,
Vestiste como lingerie.
Podes ficar na cadeira,
Ou até no sofá,
Deixo o chão na escolha,
Mas na cama acabarás.
Ri o tempo que quiseres,
Não fujas ou até podes,
Deixa a chave na porta,
Para te trancar aqui já.
Sem rasgar desta vez,
Sem pedir outra vez,
Não deixarei por vez,
Que te escapes de vez.
Não sei onde queres,
Nem mesmo como queres,
Dou por mim a pensar,
Se será com cheiro a mar.
Enrola me como quiseres,
Deixo te guiar o solo,
Sem abrir minha boca,
Nem pedir o que quero já.
Guarda para ti,
O teu desejo de mim,
Prende me com teu corpo,
E leva me onde queres.
Tira minha roupa,
Deixa no chão até,
Caminha e fecha a porta,
Deixo a vela como luz.
Entra pelos caminhos,
Que só se vê em filmes,
E larga a tua sede,
De gemidos a dois.
Deixa tua língua na pele,
Não tires já os dedos,
Encanta com o corpo,
De um sussurro perfeito.
Fica bem perto,
Ata me a alma,
O corpo já está quente,
Em dia de negativos.
Usa e abusa,
Faz como se fosse,
Um brinquedo imperfeito,
No gemido mais perfeito.
Não ligues ao som,
Que range na cama,
Concentra te no aroma,
Que liberta nossos corpos!!!

O mar não chega...


Na senda de voos,
Onde nem as formigas,
Se escapam nesta vida,
Aparecem borboletas.
Libertas de odores,
Encantadores sentidos,
Sentados ou de pé,
Um dia não existe só.
Regressos em flores,
Deixados ao acaso,
Sentidos por gente,
Que se sente feliz.
Por sorrisos alheios,
Capazes de tudo,
Sem progressos de escape,
Em tempos de pandemia.
Iluminados pela Lua,
Encantados pelo Sol,
Existentes por Marte,
E doadores de Plutão.
Negando o certo,
Alcançado o incerto,
Caminhando no muro,
De queda certa.
Tentados pelo reflexo,
Que o espelho apresenta,
Em locais improváveis,
De risos impossíveis.
Orgulhando se resposta,
Sempre em ponta da língua,
Onde o ninguém cala,
Bate sempre na hora certa.
Doando ao rico,
A cabana prevista,
E acarinhando o pobre,
Pelo carinho enriquecido.
Ficando pelo riso,
De ondas finais,
Em mergulhos de inverno,
Pensando que é verão.
Grita se é hoje,
Que já não falo mais,
Não quero ir além,
De mais um dia não.
E no fim,
O mar não chega,
Para caminhar junto,
De tanto se prender!!!

Deixo o vento tocar me...

Entrego me ao mar,
Deixo o vento tocar me,
A areia cobrir me,
E o tempo assim passar.
Quero calar a revolta,
De quem não está,
De quem se sente,
E até de quem partiu.
Sentir a onda mais pura,
Caminhando em terra,
Para descobrir as dores,
E acarinhar os seres.
Deixar o tempo acalmar,
Os sentimentos imperfeitos,
De almas seguintes,
Por caminhos desfeitos.
Ficar a ver,
O sol tocar no mar,
E a sombra descobrir,
A perfeição da lua.
Entrar pelos cantos,
Arredondar as linhas,
Para em círculos caminhar,
E em rectas navegar.
Enriquecer o momento,
Pelo que a visão dá,
E no som da musica,
Encaminhar o desejo.
Que se vejam as borboletas,
Que se sentem na esplanada,
As almas mais perfeitas,
De sintonias dadas!!!

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Do bataclã ao Seculo XXI!!!


Um dia irei ao Bataclã,
Um dia perceberei o fascínio,
De homens malfadados,
Que não se entendem como seres.
Um dia perceberei os benfas,
Um dia entenderei o seu domínio,
Como homens de treta,
Que não sabem tratar mulheres.
Um dia perceberei o sentido,
Que se criou no mundo,
Onde as mentes retrogradas,
Impedem a felicidade.
Um dia tratarei de alguém,
Pela saúde de sua alma,
Onde o mundo fique direito,
Com igualdades de seres.
Um dia ficarei sorridente,
Quando as mulheres livres,
Expliquem aos retrogrados,
Que a felicidade é a dois.
Um dia nos filmes porno,
Irei ver mulheres tratadas,
Como seres com orgasmos,
Dos mais sensuais.
Um dia e não será hoje,
Perceberei o Seculo XXI,
Como um Seculo de treta,
Para quem vive no XIX.
Um dia a liberdade será,
O mais belo dos prazeres,
Onde as mulheres serão seres,
E os homens seus acompanhantes.
Um dia e poderá ser hoje,
Ou até amanha já,
Mas quero ir ver de perto,
Onde se vive no Seculo XXI.
Um dia cansado de ver,
Os Trogloditas dos homens,
Que preferem a infelicidade,
A tratarem bem a mulher.
Um dia infelizmente acontecerá,
O reverso da medalha,
E o homem que diz ser ele,
Quem manda nele é a mulher!!!

 

Alma Poetisa!!!


Deslarga as amarras,
Aquelas mesmas,
Que tu sentes,
Que levam ao fundo.
Deixa as lagrimas cair,
Mas não te esqueças do hoje,
Que amanhã será novo dia,
E o de hoje pode ser vivido.
Acorda e abre os olhos,
Deixa as agruras para trás,
Sente que és tu mesmo,
E só tu te fizeste.
Deixa o Sol tocar,
O vento soprar,
Os rios navegarem,
E ao mar poderes chegar.
Larga a ancora,
Corta as cordas,
Sente que é tua hora,
E o dia não acabará.
Sente a maresia chegar,
O aroma do mar,
A praia no fim,
E o sorriso libertares.
Sente que és especial,
Que tens quem te rodeia,
E que o sorriso é bom,
E sempre o mais importante.
Larga a mascara,
Larga os elásticos,
Solta o ser,
Sente que podes ser.
Tens o que de ti precisas,
Tens a alma poetisa,
De um ser alegre,
Que precisa de vida!!!

sábado, 7 de novembro de 2020

No carro também dá...


Cansei de esperar,
Quero entrar no carro,
Ter te ali,
De vestido apenas.
Não importa o destino,
Apenas pelo caminho,
Usar o livre,
E tocar tua pele.
Não importa o transito,
Até podem olhar,
Já só quero sentir,
Esses lábios a morder.
Sempre em movimento,
Beijar teu pescoço,
Apertar tua pele,
E devorar o aroma liberto.
Bem podes pedir,
Para o carro parar,
Mas hoje mando eu,
E não paro no caminho.
Se for preciso prender,
Levo as amarras comigo,
E prendo te as mãos,
Para poder tua pele percorrer.
Não importa o destino,
Apenas no caminho,
Os gemidos a crescer,
E o prazer sem parar.
Quero calcorrear toda tua pele,
Sem ter que parar,
Pela mão liberta,
Os gritos de prazer.
Colocar a musica alta,
Para lá fora não se ouvir,
Quero teus gemidos ali,
Como num mundo nosso.
Abres e fechas pernas,
Como um pedido só,
Eu sei que já não aguentas,
Mas quero ainda mais.
São minutos de viagem,
Mas hoje irei mais longe,
Só para durar,
Mais tempo o prazer.
Pelos saborosos dedos,
Eu te toco mais uma vez,
Já se inunda o banco,
E a cada toque o céu.
Continuas a pedir,
Eu já não paro mais,
Já só quando não resistires,
A deixar vir o orgasmo fiel.
De seguida a paragem,
Num sitio qualquer,
Não importa quem passa,
Vou deitar te logo ali.
Em cima do carro,
De costas para mim,
O vestido já bem alto,
E eu bem dentro de ti.
E juntos após só tu,
Chegamos a bom porto,
Onde os gritos de prazer,
Acumulam se no orgasmo!!!

Os Deuses loucos...


Naquela lua ali,
Onde se escreve,
O mais belo poema,
Vê se o olhar meigo.
Naquele sol ali,
Onde se ouve,
a mais bela canção,
Vê se o sorriso doce.
Naquela nuvem ali,
Onde se desenha,
A mais bela pintura,
Vê se a alma perfeita.
No horizonte longínquo,
Onde se alcançam sonhos,
Dos mais belos sonhados,
Vê se o sentimento puro.
E por tantas visualizações,
Sabe se que a perfeita imperfeição,
Faz dos sonhos imperfeitos,
Mais perfeitos que a perfeição.
Focados nos tempos,
Onde se irrompe o poder,
De umas palavras ditas,
Que se perdem no tempo.
Quer se ouvir o coração,
Nos tempos mais duros,
Onde se acalma a canção,
De amores imperfeitos.
Deixem cair as capas,
Sintam as emoções belas,
De tentadas festas,
Onde se ganha o sorriso.
E na pureza do ser,
Se sente a sua impureza,
Mas isso faz dele,
Dos mais perfeitos seres.
Assim sabemos que vivemos,
Em tempos áureos de vida,
Onde ainda existe esperança,
Para os tempos vindoiros.
Naquela gota de chuva ali,
Onde se sente o frio,
Que aquece a alma,
Pelo toque a dois.
Naquele relâmpago ali,
O desenho dos céus,
Irradia felicidade sã,
Ilumina as almas mais belas,
E com o tentáculo dos céus,
Sabemos que os Deus são loucos,
E nos querem bem,
Apenas pelos nossos sorrisos!!!

O descanso do guerreiro...


Descansa o guerreiro,
Abrem as fileiras,
Aperta se o cerco,
De um final perto.
Olha se o horizonte,
Vê se o por do sol,
Junto do mar,
Perto das estrelas.
Solta o grito mais puro,
De uma volta incansável,
Pelo universo em busca,
De um sorriso doce.
Acalma se a mente,
Provoca se o corpo,
Entra se em folia,
Abre se o champanhe.
Larga se o previsto,
Treina se o imprevisto,
Sabe se que hoje ou amanha,
O ontem já foi dia.
Tenta se mais uma vez,
Perceber o mundo,
Não se acalma o prazer,
De ver mais sorrisos.
Continua se no caminho,
Mesmo que com pedras,
Para a conquista perfeita,
Ser feita no castelo.
Ganha se mais vontade,
De provocar sorrisos,
Entreter os ouvintes,
E saber que faz sentido.
Liberta se das amarras,
Agarra se ao balão,
Que apresenta o destino,
Bem do seu cesto alto.
Acende se a fogueira,
Mesmo com a chuva a cair,
E admira se o florir,
De um céu raiado.
Abre se o coração,
Que ja foi congelado,
E aquece a alma,
Que na revolta descansa.
Ondas de musica,
Passantes de leveza,
Onde os toque do tambor,
Despertam para o sonhar.
Descuidem se os toques,
Apertem se os olhares,
Abram se os sorrisos,
E acalmem se os seres!!!

 

Largar e voar!!!


Hoje quero cair,
Do Espaço longínquo,
E sentir a dor,
Ao estatelar me.
Assim a mente acalma,
O corpo descansa,
E a paz regressa,
Em tempos ingratos.
Quero sentir a chuva,
A cair e limpar,
O que a queda provoque,
Dentro de mim.
Quero apanhar o vento,
E voar com ele,
Já depois de recuperado,
E cair logo ali.
Quero prever o amanhã,
Não pensar mais,
E acalmar o sentido,
Do rumo de uma vida.
Usar o método imperfeito,
Para me tornar ainda mais louco,
Cansado da sociedade,
Onde as ovelhas estão em rebanho.
Travar a luta pelo desenho,
De um povo completo,
E que a dor se acabe,
Pelo que vem de dentro.
Quero sentir a vontade,
Cumprir o desejo ali,
Sem pedidos e conquistas,
Apenas abraçar e ficar assim.
Quero rebolar no alcatrão,
Sentir o seu picar,
Molhado pela chuva,
Iluminado pelo trovão.
Quero infligir dor,
Para no momento de ardor,
Esquecer a mente impura,
Que se revolta com armas.
Quero tentar uma e outra vez,
Com as quedas todas que tiver,
Sem mesmo sentir a dor,
De tanta queda já dar.
Quero abraçar o mar,
Entrar e fugir do seu par,
Calar sem se calar a voz,
Não parar de gritar,
Neste momento bem atroz.
Largar e voar,
Agarrar e caminhar,
Correr bem devagar,
Para melhor apreciar!!!

 

O rapto...


Hoje diferente,
Vou contar um história,
De dois seres,
Ou até um mais um.
Que sendo um e outro,
Poderiam ser dois,
Sem serem unidos,
E até mesmo gémeos.
Pensaram em estar,
Ou verem se,
Ou até mesmo,
Apenas visualizarem se.
Sem regres e excepções,
Apenas não se podiam tocar,
Ou sentir a sua cola,
Ou apenas pelo vidro.
Pensaram como fugir,
Do universo ou até do mundo,
Para locais onde poderiam,
Sentir se raptados.
Mas como sem regras,
Tornou as coisas complicadas,
Porque quando um ia,
O outro já vinha.
E foi se perdendo assim,
A fuga mais incompleta,
De uma história,
Como um povo adaptado.
Sorriam ao verem se,
Pensavam é hoje,
Mas já ontem não era,
E amanhã continuarão as fugas.
E então pensaram,
Deixemos de tretas,
Pensemos em regras,
De forma a podermos viver.
Ai aconteceu o impossível,
Já se conseguiam tocar,
Enraizaram as raízes dos seres,
E já não era um e outro.
Passaram a ser um mais um,
Ou até mesmo dois,
Que no final eram quatro,
E chegavam mesmo a ser seis.
Mas no fim,
Dizem que é sempre feliz,
O rapto aconteceu,
E ficaram apenas um.
E nas contas finais,
Os ser de um apenas dois,
Viveram felizes,
E encantaram sereias.
E assim conta a história,
De uma louca mente,
Que nem ele a entende,
Como se fosse um demente.

A dança no mar...


Deslarga tudo,
Deixa a chuva cair,
Na tua pele em lingerie,
Bem junto do mar.
Ouve o som,
Do mar na areia,
E larga o movimento,
Em dança sincronizada.
Deixa me conduzir,
O teu corpo suave,
Em tempos de alegria,
A cada trovão caído.
Liga o rádio,
Deixa tocar a musica,
E acompanha o passo,
Ao som da queda da chuva.
Sente o mar nos pés,
Não abrandes agora,
Vibra com o meu toque,
Em cada roda dada.
Já completamente encharcados,
Não paremos agora,
Que a chuva continua,
A abençoar a dança.
Inclui os movimentos,
De livre arbítrio,
Onde teu corpo balança,
Na minha pura alma.
Não te preocupes com o frio,
A dança aquece,
O mais nobre ser,
Ao som do vento.
E quando tocar a música,
Deixa cair tudo,
E ambos colados,
Entrando dentro do mar.
Sente a dança,
Que se movimenta na onda,
De um areal por baixo,
Pedindo nossos pés.
E quando cansares,
Sentamos e vemos o mar,
Abraçar nos no areal,
Como se ganhasses um festival!!!

 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Fotografar a alma...


Deixa me fotografar,
A alma que se despe,
Entre a chuva que cai,
E o sol que desperta.
Usar a melhor lente,
Para apanhar o melhor,
Que a alma transmite,
Num sorriso puro.
Quero de perfil,
De frente até,
Ou mesmo no olhar,
Perpetuar o sorriso.
Na alma caminhar,
E sentir o vibrar,
De uma foto tirar,
Pela alma toda nua.
Aproveitar a gota da chuva,
Para iluminar o rosto,
Num breve sorriso,
Que ilumina toda a rua.
Pela lente apresentar,
O melhor da alma,
Que ilumina o mundo,
E aproveitar para sorrir.
Eu só quero fotografar,
Para não esquecer que existe,
A alma pura em nós,
E que agora se despe.
Colocar em rodagem,
Não largar o botão,
Para não se perder,
Partes da alma.
Usar como fundo,
O mar enrolado no sorriso,
A montanha com pedaços da alma,
E o rio pelo seu caminho.


 

O jogo fluir...


Pelos olhares cruzados,
Entre tanta gente em sala,
Se engalfinham os doces,
E se perdem os diabos.
Intentam se as vontades,
Ordenam se os cobardes,
Em saltos altos desenhados,
E pelas sapatilhas caminhadas.
Tenta se novamente,
O cruzamento dos dados,
Para se perpetuar a confusão,
De almas desalinhadas.
Cala se o Trompete,
Aguça se a Guitarra,
Deixa se cair a bateria,
Em cima do tapete.
Questiona se o pedido,
Entre linhas queridas,
De revolta total,
Pelo seu sucedido.
Degusta se o vinho,
Embandeirado em arco,
Pelos desígnios de Deuses,
Que os humanos querem ser.
Olvida se o amor,
Acalma se a dor,
Tenta se mais um vez,
De chegar pelo que se fez.
E já perto do final,
Baralha se e dá se,
Para o jogo fluir,
Em tamanha sensatez!!!

 

Abre teu coração...


Invade o meu espaço,
Deixa o reflexo aqui,
Só lamentes a saída,
Se for a mais bela história.
Regressa quando quiseres,
Revolve o meu sentido,
Em perderes o vivido,
Com o ar de pureza.
Encontra o caminho,
Abre o livro agora,
Deixa o sentido vivo,
De um carinho permanente.
Envolve o sentimento,
Num laço colorido,
De um tom perdido,
Nesse encanto de sorriso.
Abre mão e com arte,
Deixa o regresso existir,
De um programa feito,
Cheio de luas e mares.
Vem de que rua quiseres,
Desde que na janela,
Te veja passar,
A todo e qualquer instante.
Fideliza meu ser,
Encanta o meu poder,
Da brilho ao olhar,
Por um feliz querer.
Julga o futuro agora,
Deixa assim o presente,
Pelo passado visitante,
E encontra uma grande hora.
Viaja pelas paredes sem fim,
Encanta o negro pedinte,
Unifica o sentimento,
Erguendo os braços assim.
Guia o tonto presente,
Em loucuras bem assentes,
De alguém que se conquista,
Pelo sorriso mais presente.
Orgulha te do sentimento,
Que possuis em nobre causa,
Deixa o ser cansar,
De tanto tentar fazer mal.
Caminha pelo trilho ao lado,
Que te dizem caminhar,
Pois pelo teu serás feliz,
Sem cambaleares de queda.
Ignora os ouvintes,
Ouve os calados,
Pressente o ausente,
E dá voz ao apressado.
Usa o teu ser de asas,
Para nos caminhos de pedras,
Voares e mostrares,
Que assim és feliz.
Modera a vocação,
Abre voz à tentação,
Canta pela emoção,
De abrires teu coração!!!