quarta-feira, 15 de abril de 2020

Estremece o meu Mundo...


Como se fica desatento,
Pelo nevoeiro provocado,
Entre a mente e o Sol,
Aquando da proveniência do altar.
Sentir que se deixou,
A alma algures,
Entre o que o poder da mente tem,
E o coração desperta.
Busca de quem se viu,
Onde nunca foi,
Perante o que advém,
Das nuvens do céu.
Sentir o que se faz,
Onde nunca se esteve,
Por entre os medos,
De uma mente perdida.
Será o desejo de ser,
O que já não fui,
Ou o poder de ter,
O que já fui.
Num desejo terreno de ar,
Onde o mar choca com o céu,
O vento navega pelas nuvens,
Cobertas de choro em sorriso.
Sentir que sinto um estar,
Num local onde não estou,
E o perdidamente solto,
Se tornou uma amarra sentida.
Explicar sem pudor,
Calor em ardor,
Pelo sentimentos de calor,
De uma alma ao seu redor.
Sentes que podemos viver,
No mesmo sentido de viver,
Uma alma ou duas até,
Em calmaria repousada.
E assim acalmar o ser,
Onde a nuvem latente grita,
De um Sol estremecente,
Com ondas de frio.
Livre me sinto,
Num ecrã sem fios,
Para o Mundo ver,
Pelos olhos alheios.
Sem explicar e falar,
Deixei de conseguir transmitir,
O que a alma grita,
Neste canto inútil meu.

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