Acalma o meu ser,
Deixa perfurar o tempo,
Acabar com o Sol de manhã,
E deixar Lua a brilhar no teu olhar.
Encontra a banheira com espuma,
E pétalas de rosas a flutuar,
Onde se desenha o brilho,
Das estrelas da noite.
O encontro dos corpos,
Já nus ali mesmo,
Cheios de espuma,
E com pétalas coladas.
Relativiza o som,
Que faz o exaustor,
Que se ligou,
Pelo calor existente.
Deixa no espelho,
As letras do ABC,
Que te preencham os desejos,
E te encontrem nos sonhos reais.
Eroticamente olhando,
Vendo o corpo assim,
Desenhado pela espuma,
E realçando cada curva.
Parecendo que nevou,
Ali mesmo no branco,
Mas desta vez,
A certeza que é quente o toque.
Orienta o toque,
Suaviza o deslizar,
Preenche o sentido,
Entre pernas cruzadas.
Ultima a vontade de ali,
Sem pensares,
Deixares o céu,
Ser o único limite.
Treina o mergulho,
Que a ancora segura te,
E o respirar fica,
Assente no suspiro.
Reina como Rainha,
Que pretende escravo,
De seu prazer orientado,
Pelo suspiro agravado.
Cala os medos,
Alarga o sentido,
Incluindo o suspiro,
Mais profundo no toque.
Que seja irrisório,
O que sonhaste,
E que na presença,
O real seja bem mais intenso.
Prende o suspiro,
Deixa o ar ali,
Para no breve instante,
O grito ser bem profundo.
Aceita que és tu,
Que realizas o desejo,
De um toque sensual,
E deliciosamente insano.
Volta te ali mesmo,
Deixa as costas presentes,
No alcance do toque,
E já não sais do arrepio sentido.
Fica como quiseres,
Pede o que desejares,
Mas no arrepio ficaste,
Ali minha completamente.
Morde os lábios,
Arranha a pele,
Mas com a certeza,
Que já só no orgasmo te paro...
