quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A noite que dura...


No luar percebi as linhas,
De um corpo sem fim,
Que se atravessa no olhar,
E que aquece o corpo.
Na mesma noite fria,
Onde o Sol se deitou,
Sem deixar o seu calor,
Um corpo aquece bem.
Caminhar sem destinho,
Nas ruas me perder,
E talvez poder encontrar,
Um corpo semi nu.
Sem perdão e desculpas,
Já só quero prazer,
Pode ser nas ruas,
Nas paredes bem nuas.
Sem saber o nome,
Sem perceber o destino,
Aproveitar o seu corpo,
Em linhas bem nuas.
Usar do prazer,
Tirar o máximo proveito,
De um corpo ali mesmo,
Onde o orgasmo é intenso.
Não ter como fim,
Um poder de vencer,
Já entender o prazer,
Que é ver alguém ter.
Enquadrado na dimensão,
De uma noite de luar,
Onde seu rosto brilha,
E o olhar ilumina.
Usar os meus dedos,
Percorrer bem as linhas,
Sentir o arrepiar,
Até sentir bem o molhar.
De seguida colar a boca,
Em pele já de galinha,
Onde cada toque um gemido,
Até chegar bem no meio.
Já bem molhada de prazer,
Sem lá ter chegado,
Sentir o suco doce,
De um orgasmo a chegar.
Aproveitar o jogo,
De uma boca com dedos,
E com o nariz provocar,
O Clitoris que me chama.
Virar e colocar,
As mãos na parede,
Abrir bem as pernas,
Para ali mesmo possuir.
Não importando quem passa,
Onde até se está,
Apenas o desejo ardente,
De ver mais um orgasmo.
E no momento do orgasmo,
Onde o corpo treme,
Entrar dentro dela,
Sem conhecer seu nome.
Ficar com vontade,
No crescimento do prazer,
Não acabar por hora,
Que a noite ainda dura!!!

Dançar até acordar...


Nos caminhos de solidão,
Encontramos a criação,
De um ser perfeito,
Que antes víamos imperfeito.
Já recusei gritar,
Já percebi o silencio,
Agora sei que entendo,
O que meu ser pede.
Enriqueci o destino,
Trepei como em escalada,
Uma revolta tentada,
Em nada conseguida.
Ergui das cinzas,
Cai na lava,
Soltei o vulcão,
Perdi a essência.
E no fundo descobri,
O sorriso em vida,
Que na morte pedia,
Para poder desaparecer.
Entendi o que perdi,
Percebi o que ganhei,
Vivi para sentir,
A paz de um ser.
Entender o poder,
De um ser divinal,
Como que angelical,
Em pertença de mim.
Regressei ao meu eu,
Entreguei me ao Sol,
Já só peço a Lua,
Para chegar perto das estrelas.
Dentro bate no peito,
O coração que resiste,
A mais uma queda,
Em altos voos.
Sentir o que sinto,
A paz que necessito,
Já só quero deitar,
E sorrir no meu tecto.
Quisera o sonho perfeito,
Chegar de mansinho,
Já cansado de me dar,
Sem nada receber.
Pedir sem falar,
Rir sem ouvir,
Apenas ficar a olhar,
Possa ser tudo que peço.
Ficar na paz interior,
Felicitar e agradecer,
Que por aqui passou,
E quem mais chegará.
Já só se tenta ser feliz,
Sem restos de sonhos,
E nos sonos perfeitos,
Dançar até acordar!!!