sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Provocações sentidas...


Uma voz que delicia,
Que nos entredentes seduz,
Pelos caminhos guiantes,
De alegria que reluz.
O caminho feito,
Por estradas desconhecidas,
Entre vontades e desejos,
Sem contar ter.
Uma mente que voa,
Por de nada além,
Com tudo imaginado,
Sem realidade persistir.
Uma vestido que voa,
Umas escadas por baixo,
Sorrisos ao redor,
Num luar preguiçoso.
Na entrada um aparador,
Uma porta fechada,
Uma linha traçada,
A uma sala deserta.
Por entre os olhos se vê,
Uma mesa posta,
Uma lareira acesa,
E velas luminantes.
Um sorriso doce,
Um corpo estremeçante,
Cabelos ao vento,
Caídos nos rosto.
Um desejo que se abre,
Uma vontade que aperta,
Um momento que se quer,
Uma loucura que perdura.
Na lembrança a entrada,
Com o aparador como fundo,
Onde se senta um corpo,
É o outro se ajoelha.
As meias que se rasgam,
Os dedos que percorrem,
A pele já eriçada,
Com desejos de mais.
Uma língua que se solta,
Que toca na pele,
Que a torna suave,
Mesmo toda arrepiada.
A subida das pernas,
Longa se torna,
Não pelo seu tamanho,
Mas pela demora do beijo.
Quando se toca no vestido,
O salto para o beijo,
Onde os lábios se tocam,
E os dedos entrelaçam.
O pescoço descoberto,
Pede mordidelas suaves,
É uma língua atrevida,
Para uma pele de desejos.
Aos poucos se desce,
Para onde o vestido tapa,
Subindo com os dentes,
Para locais ardentes.
Chegando a cintura,
A boca não para mais,
A língua solta se de vez,
E os gemidos eminentes.
Pela persistência do toque,
Os dedos acompanham,
O movimento da boca,
E deslizam com as cuecas.
A pele essa já louca,
Querendo tudo ali,
Mas no toque da boca,
Percebe que ali,
A viagem é o começo.
Uma viagem pelas paredes,
De um corredor curto,
Que se torna longo,
Pelo tempo do destino.
O sofa na sala,
Que da lareira se vê,
Os copos de vinho,
Que tilintam com o prazer.
Assim dois corpos,
Unos e sós,
Tocam se finalmente,
Entre prazeres de sóis.
Os dedos não param,
As bocas se cruzam,
E já muito quentes,
As mentes de desejo.
São vontades perfeitas,
Na mente que vê,
Em sensações provocadas,
De provocações sentidas.
 




sábado, 11 de fevereiro de 2017

Cansaço pela mente...


Quando na espera,
O silêncio consome,
A gritaria não incomoda,
A vontade apaga.
Pelos traços olhados,
Com qualidades vendadas,
Pela inércia de ser,
O que poderia não ser.
Libertando calmaria,
Em sonhos apenas,
Na realidade apenas perdura,
O alento de um sol existente.
Poderia o céu ser limite,
Mas a alma vagueia,
Mais que deveria,
Por entre os raios de trovão.
Cansaço ou não,
Liberdade presa,
De sorrir como capa,
Em lágrimas por dentro.
São poderes errantes,
De quem sonha distante,
E na realidade descontente,
De cada passo à frente.
Haverá heróis assim,
Até mesmo quem desdenhe,
Mas a compra certa,
De que não será assim.
Pelo caminho em linha curva,
Não de corpos,
Mas sim,
De estradas.
Já só se pretende,
Que a linha aconchegada,
Seja a traçada por Deus,
E que a calma resista.
Numa tentação permanente,
De aos píncaros levarem,
Pelos corpos fingidos,
Em sorrisos mascarados.
São doces trovoadas,
Em toques no mar,
Que acalmam os seres,
De revoltas eminentes.
Em calores friorentos,
Na chuva seca,
Vive se a morte,
De uma morte em vida.
Cansaço permanente,
Esse irrequieto ser,
Que tanto abala,
E em paz não deixa viver.
E na hora certa,
Será que vem mesmo certa,
Ou será mais uma linha,
Que de curvas é feita?
Ou então que esteja perto,
O capítulo final,
Pois são anos sem fim,
De cansaço afinal.
Cansaço latente,
Demais permanente,
Numa causa dormente,
Na luta com a mente...