domingo, 26 de dezembro de 2021

Criar o rio que desconheces...


Quero minha língua na tua pele,
Assim sem pedir,
Sem ter tempo de afastar,
Arrepiar logo assim.
Quero ouvir o teu respirar,
Cada vez mais intenso,
Porque perto dela passo,
Assim pelas coxas no caminho.
Quero nos teus mamilos,
Beijar e sentir,
Que se provocou algo,
Com eles bem duros.
Encontrar o teu pescoço,
Sem perdão mordiscar,
E o teu respirar aquecer,
E não parar nem acalmar.
Descer em voo vertiginoso,
Até aos dedos dos pés,
E subir lentamente,
Até ao centro do teu corpo.
Quero sentir o teu suco,
A correr pela tua perna,
Ainda antes de lá chegar,
E sentir o teu arrepio.
Sem pedir,
Entrar dentro de ti,
Com a língua,
E sentir a humidade.
Sair e pelas costas percorrer,
De sul até ao norte,
De leste a oeste,
Onde cada arrepio fica forte.
Beijar o teu rabo,
Mordiscar as curvas,
Pegar bem forte,
E sentir te pedir mais.
Abrir de vez as pernas,
Colocar minha cabeça no meio,
Largar as pernas nos meus ombros,
E com a boca deliciar me.
Beijar e morder,
Mordiscar e lamber,
Usar te como minha,
E receber o teu suco.
Entrar dentro de ti,
Usar o teu clitoris,
Para aumentar a humidade,
Que se sente dentro de ti.
E lamber bem forte,
Ora de seguida devagar,
Onde cada movimento meu,
Um suspiro forte teu.
E para perceberes o que tens,
Bem dentro de ti,
Criar o rio que desconheces,
A percorrer te toda.
E com a boca nela,
Usar lábios e língua,
Até sentires que estás a vir,
E a chegar o teu orgasmo pesado...

 

Sente o poder que tens em mim...


Hoje quero apreciar o teu corpo,
Não lhe tocar,
Mas ficar a noite toda,
A apreciar as curvas que tens.
Quero passagem de modelos,
Entre lingerie e roupa,
Onde o vestir e despir,
Se mistura com movimentos.
Quero assistir de primeira fila,
O teu corpo a baloiçar,
A virar e dobrar,
Onde me criam fantasias.
Quero usar abertamente,
O teu sorriso na minha mente,
Junto com os teus movimentos,
De lingerie em lingerie.
Cuida dos movimentos,
Do resto eu trato,
Da cor da luz,
À imagem que crio na mente.
Sentir que as curvas existem,
Que os movimentos me deliciam,
Que teu corpo é fascinante,
E o não toque me aumenta o prazer.
Sentir que te despes lentamente,
Porque na primeira fila,
Estou eu de olhar atento,
Ao teu despir e vestir.
Encara te como atriz,
Sente te como uma heroína,
Deslumbra te com o vestir,
Que eu deslumbro me com o despir.
Podes até encostar na parede,
Para realçar mais cada lingerie,
Que se entrega ao teu corpo.
Como se fosse pertença dele.
Sente o poder que tens em mim,
Apenas pelo movimento,
Que tuas curvas fazem,
Sempre que te despes ou vestes.
Quero apreciar o que tens,
O poder que tens em mim,
O desejo que me provocas,
Apenas por poder olhar para ti.
Quero se deixares,
Apenas apreciar o que tens,
Nos movimentos que achas banais,
Que para mim são puro erotismo... 

Pinta o melhor quadro de ti...


Enquadra te no melhor quadro,
Que a parede do Museu te espera,
Pela tua beleza,
Pura e sincera.
Usa a melhor pintura,
O teu rosto basta,
Para apresentação artística,
Dos museus mais conceituados.
Encara o que tens,
Usa o melhor dos espelhos,
E vê o que os outros vêm,
A beleza mais pura.
Bate as palmas,
Usa um vestido curto,
Coloca um belo salto alto,
E sente o poder que tens.
Até a Mãe Natal,
Se te vir assim,
Vai ficar com ciúmes,
De uma beleza tão pura.
Encontra em ti,
O melhor quadro que tens,
Para não te esqueceres,
Do poder que dentro de ti tens.
Acredita no teu sorriso,
No teu olhar atento,
E na tua qualidade principal,
A pureza do teu ser.
Enquadra tudo isso,
Pinta o melhor quadro de ti,
Que até no Louvre,
Te queriam em exposição.
Nas tuas curvas a chuva cai,
Na lua o teu reflexo atrai,
Nas estrelas o teu brilho está,
E no Sol a tua beleza.
Tempera o dia,
Cozinha na noite,
Deixa o forno de parte,
E usa o calor do ser.
Sorri que a vida merece,
Alegra te que o Mundo deseja,
Entrega te ao Mundo,
Da forma pura que és...

 

Veste a tua melhor farda...


Veste a tua melhor farda,
Que o teu sorriso completa,
O ser perfeito que sentes ser,
Onde a imperfeição se cobiça.
Deixa soltar as asas que tens,
Voa para onde o Sol te aqueça,
Deixa a Lua valorizar,
A tua bela presença.
Olha para onde quiseres,
Sente que o Mundo,
Cai ao teus pés,
Pelo que és e representas.
Foge dos odores queimantes,
Adere aos odores perfumantes,
Entrega o teu divino sorriso,
Que o Mundo anseia.
Divide o que tens,
Semeia a vontade que dás,
Apodera te do que sonhas,
E realiza os teus desejos.
Viaja para o tempo invisível,
Que te alimenta a alma,
E te liberta dos dizeres,
Que a tua vivencia provoca.
Eterniza o teu ser,
Enquadra o teu momento,
Liberta te do passado,
E sente bem o presente.
Enquadra o reflexo da lua,
Na tua alma de Sol,
Com o poder de rainha,
Que encontraste na tua meninez.
Cala as boas desilusões,
Com a força do teu sorriso,
Encontra dentro de ti,
O que de melhor tens.
Vive a sabedoria que tens,
Encontra o Sol dentro de ti,
Que iluminas mais que vês.
E és bem mais do que te falam.
Coloca a Lua e o Sol,
Lado a lado,
Dentro de ti,
Que no olhar os libertas.
Percebe a paz que és,
A Rainha que te tornaste,
Como uma Princesa bela,
Em corpo de menina belíssima...
 

Come o que te apetecer...


 
Deixa me entregar ao Natal,
Da forma mais arcaica possível,
Entre aspas e com parêntesis,
Diluir o espirito que vivencia.
Traz as algemas,
Não te esqueças da lingerie,
Os saltos agulha,
E o teu melhor sorriso.
Entra e não avises,
Venda me os olhos,
Corre o meu corpo,
A teu belo prazer.
Prende me a ti,
Ou na cama,
Podes até usar o sofá,
Não me desprendas apenas.
Faz me sentir a lingerie,
Que usas na tua pele,
Sem a poder ver,
Porque me deixas apenas sentir.
E os saltos agulha,
Entrega os na minha pele,
Crava os devagar,
Ou aperta o calcanhar.
Entrego me ao desígnios,
Que o tempo quiser,
E a tua vontade permitir,
Que o meu ser é de Natal.
Reflete em mim,
Os teus desejos mais eróticos,
Sórdidos ou calmantes,
Mas tens aqui a tua prenda de Natal.
E não te esqueças do chicote,
Que a Mãe Natal usa,
Nas noites de calmia,
Para o Pai Natal aquecer.
Minha pele se entrega,
Meu corpo deseja,
Minha mente viaja,
Meus lábios te desejam.
Entregue a prenda sedutora,
Encontro a tua mente na minha,
Voo para lá do poente,
Onde se deslumbra o prazer.
Encaro o que quiseres,
Pelos teus sonhos me guio,
E ao teu prazer me entrego,
E anseio pelo teu ser.
Usa a língua,
Percorre minha pele,
Deixa me com pele de galinha,
Arrepia me ao segundo.
Entre as coxas viajas,
Entre as pernas teus dedos viajam,
Nas minhas costas me tocas,
E o crescer é um ponto certo.
Não acalmes a vontade,
Usa tua boca,
Ou a ponta dos dedos,
E todo em ti me coloca.
Chupa com vontade,
Mordisca com desejo,
Come o que te apetecer,
Pois o prazer está certo.
Sem me deixares ver,
Usa os saltos,
Com o chicote do lado,
E a lingerie colocada.
Faz me sentir teu,
Um desejo de vontade,
Com força ou devagar,
Até ao orgasmo atingir.
Geme no ouvido,
Grita ao entrar,
Da me o teu suco,
Sente a minha boca em ti.
Senta e usufrui,
Deita e flui,
De pé também dá,
Para o orgasmo sem fim...

Pedras Nos Caminhos...


Hoje coloco pedras,
Em caminhos de rosas,
Pelo que sinto e digo,
Soube se o afastamento.
Já percebi o caminho,
E a frieza é intensa,
Nem no dormir me aguento,
E o sono foi se na madrugada.
Enquanto se fala,
A alegria não se acaba,
Mas quando chega o sentir,
O sorriso já se afasta.
Tanta forma de estar,
Tanta forma de falar,
A minha aguça a frieza,
E o afastar sem tocar.
No abraço perdido,
No toque sem sentido,
Perde se o sorriso,
Pela fuga do ouvido.
Revolta o sentimento,
Resolve o entendimento,
Mas o que importa o sentir,
Se não é valido aos outros.
Podes amargurar o viver,
Sem o falar de sobreviver,
Entender os entendidos,
Que se perdem no amor.
Fica mais uma vez a dor,
De falar e não poder,
Sem o pendor de sentir,
E de poder sentir o viver...


 

domingo, 14 de novembro de 2021

E do sorriso que procuro...


Deixa a posição mais louca,
Para o sonho mais puro,
Dentro de uma casa imensa,
Apenas de quatro paredes.
Destrói o Kama Sutra,
Queima a madeira mais leve,
Ouve o estilhaçar do lume,
Em noite quente de luar.
Solta o tempo perdido,
Aquece o lugar só,
Onde se queimam gorduras,
Em lugares que só tu sabes.
Entra pelo buraco da fechadura,
Faz do espaço o teu lugar,
Encontra a alma perdida,
Em luta no luar.
Enrola o tempo que passa,
Faz dele um charuto,
Acende o e queima na passa,
Que o sentimento está ferido.
Havendo posse de dor,
Em drogas queimadas ao vivo,
O ardor que se sente,
É de algo bem potente.
Deixa te ir no sono,
Enrijece a pureza do sonho,
Encontra a nuvem de algodão,
E deita lá até fazer dia.
Sente a musica ao longe,
Abre as portas do jardim,
Procura a rosa mais pura,
E troca a por um cravo jasmim.
Ouve o uivar do lobo,
Que na cidade perdura,
Encontra o banco vazio,
De onde sai à pouco.
Manda as buscas procurarem,
O ser que por ti olha,
Ele continua lá,
Apenas tu não o vês.
Agora deixa me sentir,
Ou apenas poder olhar,
Na tristeza da lagrima,
De quem sempre buscou um sorriso.
Trata me como um vazio,
Uma concha bem furada,
Por onde escorre a dor,
Das lagrimas derramadas.
Ultima o sossego perdido,
A fala já não acontece,
Não me sinto ouvido,
Nem mesmo percebido.
Mais uma vez a ser eu,
O destino não perdoa,
E na busca do sorriso,
Perco me na lagrimas de dor.
Será o cansaço de levar,
Sempre com a cruz que carrego,
Já sei que no dia da cruz,
Te lancei as pedras afiadas.
Mas um dia vai ter fim,
O cansaço pode chegar,
E do sorriso que procuro,
As lagrimas continuar a entregar. 

 

Fico Aqui Assim Mesmo Sozinho...


Carrego comigo meus pecados,
Os que fiz,
E até já os que não fiz,
Sempre com eles colados.
Todos têm direitos,
Eu já sei que só deveres,
Tenho que entender,
Mas ninguém a mim me entende.
Sofro por ser assim,
Culpo me até de pensar,
Sonho com o dia perfeito,
Onde se deixe respirar.
Acalmo a mente na luz,
Acelera no silencio da noite,
A travessia do meu ser,
Incorre no ponto de luar.
Fielmente a mim mantenho,
E a quem me quer perto.
Perco me no bem querer,
Pois pareço sempre um monstro.
Entendimento a quem chega,
Perceber o mundo ao avesso,
Sentir que não sou mais um,
Mas consigo ser um nenhum.
Encontro a noite fingida,
Pelo dia de Sol fugidio,
E o silencio da multidão,
Faz esquecer a dor na alma.
Já sinto a dor no peito,
De que vou falar o que sinto,
Sem ouvirem o que digo,
Pelo entendimento do sentimento.
Cada vez mais certo de ser único,
Onde apenas eu me entendo,
O caminho faz se comigo,
E com quem ao lado pertenço.
Sinto vazio na barriga,
De quando falo o que sinto,
Pois o silêncio é resposta,
E o frio calculista puro.
Sem ardor nem pudor,
Do passado vou ter a fama,
No proveito deitei me na cama,
E agora a apenas quero bem feita.
Já tive momentos,
Já tive ocasiões,
Da mentira não transmito,
E a pureza ficou em mim.
Entreguei tudo por mim,
Pela calma de vida sã,
Mas até assim sofro,
Por ter sido o que fui.
Tu e eles podem sentir,
Podem dizer o que quiserem,
Sempre aqui para ouvirem,
Mas e eu.
Eu fico no vazio,
De não poder sentir,
Nem falar nada,
Pois acabo por ser esquecido.
Não importa o que digo,
Ou até o que sinto,
Posso falar a duzentos,
Mas são alertas do meu ser.
E hoje ficou a prova,
Que do frio siberiano,
Ao distanciamento polar,
Fico aqui assim mesmo sozinho.

 

terça-feira, 9 de novembro de 2021

O gemido vai subindo...



Esconde o teu rosto,
Na almofada da cama,
Para não se ouvir alto,
Os gemidos que soltas.
Não peças devagar,
Hoje apenas me solto,
E encontro no teu corpo,
A saída de escape do céu.
Hoje pertences a mim,
Da mesma forma,
Que já fui teu,
Um dia atrás.
Revira o rosto,
Para poderes respirar,
A cada vai e vem,
Dos corpos a balançar.
Sente bem fundo,
O tocar de prazer,
No fundo ali mesmo,
Pertinho do coração.
Usa a boca sempre,
Que precisares de respirar,
E solta o suspiro,
De gemidos arrancados.
Não te acanhes,
Ninguém ouve,
Podes soltar te agora,
Que na casa estamos sós.
Podes tentar agarrar,
Mas nas algemas de prendes,
Onde se colam tuas mãos,
E o meu corpo não agarra.
A cada vai e vem,
De um sentido profundo,
O gemido vai subindo,
Em prazeres de fundo.
São apenas mais umas horas,
De finais sem fim,
Onde se pede calma,
E o corpo acelera mais.
Liberta a ansiedade,
E traduz nos gritos,
Que já se soltam,
Na tua voz.
Encontra o teu local,
Que te entregue o suco,
A pedido vai ser entregue,
Bem na hora marcada...

 

Os regressos dos momentos...


Foca o ponto X,
Que se coloca em Y,
Encaixa no teu Z,
Para usares o O.
Encontra o que prende te,
Focaliza te no que te rende,
Entrega te ao que te delicia,
E acorda na noite singela.
Entra da forma mais audível,
Por uma tenda fechada,
Onde apenas se vê,
Os sonhos acordados.
Realiza os desejos,
Encontra os fetiches,
Acorda os doentes,
Que o trabalho se faz esperar.
Sonhos perdidos ali,
Encontrados por aqui,
Deliciados por além,
Sente se perdidos no tempo.
Realiza se o mercado,
De um encontro saudável,
Para realização de sentidos,
Em encontros de desejos.
Já se perderam momentos,
Encontraram se fielmente,
Os regressos dos momentos,
Que se querem para uma vida.
Encontra se o sorriso,
De um sentido vivido,
Onde se perde o desejo,
De lagrimas que escorregam.
Hoje e sempre,
Amanha nem agora,
O ontem já acabou,
E o presente está entregue...

 

Cobertura de Nuvens de Lã...


Pelos Caminhos travados,
De ondas de calor,
Onde o gelo se derrete,
A cada toque sensual.
Com a chegada do sol,
Ao alpendre da lua,
Com a sua frieza calma,
Perto de um calor de lareira.
Sentindo se o suar,
De corpos já bem despidos,
Onde se colam sem colar,
Entram em ondas de reflexão.
Enrijecem os colchoes deitados,
Em camas de palhas,
Que se pretendem ardentes,
No calor do frio da noite.
E se hoje é assim,
Amanhã será de forma igual,
Pois já ontem se incendiou,
O solar de uma lua bem cheia.
O tempo já se prevê,
Que se chegue bem devagar,
Para onde se leva o olhar,
De tempos de se rever.
São formas desenhadas,
De corpos nus e suados,
Onde se encontra na gota,
Uma forma de prazer antecipado.
Em cada lagrima de suor,
Que percorre a linha do corpo,
Se sente o sentido lacto,
De um orgasmo anunciado.
São as junções de peles,
Onde se arrepiam as vestes,
Encaixam de frente ou de lado,
Para de quatro assim acabar.
E os gemidos de luar,
Que de um lobisomem faz jus,
Onde na vizinha acorda o gato,
E o cão sente o aroma.
São sons de maresia,
Calores de Sois,
Frios de luares,
E cobertura de nuvens de lã... 

 

Já só entendo a lua…


Nos trejeitos caminhados,
Onde se entrelaçam sentidos,
Qualquer dor é intensa,
Pela causa pensada.
Nos tempos de soltura,
Onde se desprendem,
As amarras da vida,
O cruzado evapora com o Sol.
Tentado pelo ser doente,
Cansado do ser a poente,
Sente se a gente escura,
Numa claridade da noite.
Sentido apurado,
De regressos passados,
Que não te querem bem,
E o mal já o fazem.
Deste Mundo levo o Sol,
Criei a Lua de Plutão,
Sentei no anel de Saturno,
E visualizei a Aurora Boreal.
Já só penso no sentido,
Mais exacto do ser,
Sentido que se apodera,
E não larga de jeito nenhum.
Encontro a Paz,
Destrói-me a Paz,
Leva me do pensamento,
Deslarga me para sempre.
No final serei eu,
E a paz de certeza,
Que comigo viajo no Porto,
De um abrigo viajado.
Já não pretendo o Sol,
Já só entendo a lua,
Finalmente percebi,
Que o meu ser é real.
Não entendo o não,
Não percebo o sim,
Já só quero paz,
Para dentro de mim.
Desloco me no Mundo,
Mas o Mundo não entende,
Como sou e o que pretendo,
Pois só um não muda o Mundo…

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

De cores que provocam odores...


Quero a linha desenhada,
Pelo Sol na beira mar,
Nesse teu corpo delineado,
De cores que provocam odores.
Sentir a maresia,
No teu cabelo colado,
Antever a areia,
Pelos elásticos do bikini.
Quero ir para a praia deserta,
Onde nos encontremos com o Sol,
O mar na espreita fica,
E a lua aquece no final.
Rebolar entre pedaços de areia,
Que com pedras faz o lençol,
De um manto pendente,
Que se segura no mar.
Aproveitar cada curva tua,
Com o sabor de mar,
Entre os pingos da chuva,
Minha boca na tua pele.
Sentir o calor do sol,
No teu corpo frio,
De mistura com agua e sal,
E a lua como pano de fundo.
Agarrar e pegar no colo,
Cruzar tuas pernas,
Na minha cintura,
E os meus lábios no teu pescoço.
Não perceber qual o sinal,
De uma humidade sentida,
Se pelo mar ou por ti,
Em meu corpo já arrepiado.
Quero ali mesmo entrar,
No mar contigo em mim,
E com o ondular,
Movimentar os corpos semi vestidos.
Entregar me a ti ali mesmo,
Onde o mar encaixa na areia,
E o Sol se coloca de ponta,
Para a chegada da lua cheia.
Aproveitar ali o momento,
Onde teu corpo pede julgamento,
De prazeres que possam ter já,
Ou adiar mais um momento.
Requerer o teu corpo para mim,
Como se fosse uma posse,
E usa lo da melhor forma,
Para minha eterna conquista.
Provocar o orgasmo seguido,
Onde não se para de senti lo,
Por bater de ondas na areia,
Com o Luar como fundo de quadro.

 

Agarra e solta o Gemido no fundo...

 


Leva me na onda,
Onde encontras o sentido,
De um toque lavado,
Pelos tentáculos do prazer.
Entrega tua alma,
No leito da cama,
Onde se arrepiam pelos,
E se levantam gemidos.
Encontra te no meu corpo,
Procura o mais alto ponto,
Por onde jorram alegrias,
De pontos teatrais.
Sente que podes ser assim,
Solta como um Pássaro,
E gemer como gritos,
De ondas de vulcão.
Sente o toque profundo,
Até aquele que não toca,
Pensa que estou colado,
Mesmo que tenha saído.
Solta o grito sonoro,
De um gemido prevaricado,
Pelos tempos dos tempos,
Aqueles mais que bem passados.
Reflete a imagem no espelho,
Dos lábios torcidos,
Aquando dos meus lábios,
Nos teus já húmidos de rio.
Não controles o prazer,
Solta te como sentiste,
Uma onda de calor,
Que em nada já resiste.
Enquadra bem o quadro,
Aquele que pintas no orgasmo,
Para que em cada toque meu,
Sintas o arrepio lá no fundo.
Aquece a barriga,
Os lábios já chegam,
A seguir vão os dedos,
E por fim o corpo inteiro...

terça-feira, 16 de março de 2021

Aliado ao Orgasmo...


Vi te na varanda,
Com ar angelical,
Apanhando a roupa,
Pois estava prestes a chover.
Convidaste me a subir,
Para um café tomar,
Entender a conversa,
De sorrisos por sorrir.
Mas do nada te levantaste,
Foste buscar roupa,
Precisavas estender,
E eu apreciar os movimentos.
Na primeira peça,
Tu dobraste teu corpo,
Eu fiquei sorrindo,
Pelas curvas da cintura.
Na segunda peça,
Sorriste ao perceber,
Que eras admirada,
Por alguém ali perto de ti.
Na terceira peça,
Eu avisei que,
Se voltavas a dobrar,
Não me responsabilizava.
Na quarta peça,
Eu colei em ti,
Ajoelhei ali na varanda,
E as calças de baixei.
Não conseguiste mexer mais,
E mais peças ir buscar,
Pois ali naquela varanda,
Começaste a gemer.
Meus lábios nas tuas pernas,
Meus dedos no teu rabo,
O tremer das tuas pernas,
Indicavam que estava bem.
Deixei te de costas para mim,
Para saborear teu rabo,
Sentir o teu ofegar,
Pelos movimentos dos dedos.
Descendo e subindo,
Subindo e descendo,
Minha boca não parava,
Já tinhas descoberto o arrepio.
Quando te senti,
A respira bem fundo,
Deixei cair as cuecas,
Que puxei com a boca.
Naufraguei no meio,
Do teu rabo ali nu,
Que já sentia o desespero,
De quem sentia prazer ali.
Tu com medo que vissem,
Mas ao mesmo tempo,
Ansiando que não fosse rápido,
E que o tempo parasse já assim.
Quando te senti molhada,
Já como que a pedir mais,
Virei te para mim,
E sentei te no varandim.
Tuas pernas em meus ombros,
Minhas mãos em teu rabo,
Minha boca bem no meio,
Onde o teu prazer é sem fim.
E assim usei a boca,
A língua afiei,
Sem deixar te respirar,
Para com o clitoris entrar.
O prazer a aumentar,
O chão a ficar lago,
Onde caia o teu prazer,
E o orgasmo ali ao lado.
E ao entrar dentro de ti,
O grito de prazer,
Aliado ao orgasmo,
Que chegou mesmo assim...

Enrolado pelo arrepio...


Pela onda se navega,
Pelo mar se alcança,
Pelos sentidos se vive,
Pelos aromas de perde.
Encontrar uma pele suave,
Em corpo de adulto,
Onde os dedos percorrem,
E sentem o seu arrepio.
Qual for o destino feito,
Traçado em linhas de veludo,
Consequente pelo cansaço visto,
De um corpo sem presente.
Ondulando as vontades,
Percorrendo os caminhos,
Alcançando as verdades,
Que restam no pelourinho.
Erradicar o sentido laico,
De uma vontade tremenda,
De colocar os lábios ardentes,
Pela pele bem quente.
Um fogo que arde,
Mesmo sem querer,
Vê se a olhos vistos,
De quem está presente.
Uma linha alcançada,
De traços de avião,
Onde apenas navegam barcos,
E onde só carros viajam.
Uma loucura assente ali,
Em dedilhar a vontade alheia,
Por mais sentido que se queira,
Apenas o destino fica.
Zelando o fugaz ardente,
Que pede mais e outros bis,
Como se fossem pardais,
Na chegada da andorinha.
Uma vontade ressuscitada,
Que reflete o dia perdido,
Numa noite escura de Sol,
Onde a Lua já caminha.
E por ali a dica alheia,
Acertou pelas frases ditas,
Que se ganham mais vontade,
Do que birras de crianças.
Ondulando os desejos,
Querendo os bem libertos,
De um dia passado na praia,
Ou num rio deserto.
Trepando os coqueiros,
Onde se vestem as melhores frutas,
De pedaços requintados,
Com aromas bem fortes.
Trevos de quatro folhas,
Descobertos nos matagais,
Que se pedem bem limpos,
Para inspeções de línguas.
Engraçado pelo sentir,
Que se faz vibrar,
Enrolado pelo arrepio,
Que provem do fundo da alma...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

No teu orgasmo de quatro...


Quero prender te na cama,
Encher te de beijos,
Encontrar a tua pele,
Ansiosa e nua.
Percorrer a alma por fora,
Entrar no arrepio profundo,
Com os dedos percorrer,
E com a boca entreter.
Quero te bem tentada,
Entre prazeres e sonhos,
Que da liberdade seja feita,
A chave da noite fugida.
Podes falar o que quiseres,
Desde que seja pedidos,
Dos mais ardentes até,
Usa os como preferires.
Encontra em mim um ser,
Que te ilumina o prazer,
Encontra a vontade maxima,
De uma canção contada.
Quero nos teus pés me perder,
Usar do melhor que sei,
Para o prazer ser,
Uma loucura que pensei.
Chegar nas tuas coxas,
Prever cada arrepiar,
Onde te sentes com vontade,
De rasgares as cordas e amarras.
No teu umbigo ficar,
O tempo que desejar,
Onde só eu e ele,
Teremos conversas de sussurrar.
Subindo para os mamilos,
Que te provoquem sensações,
Que o mordiscar nos peitos,
Sejam mais um aquecedor.
No pescoço como vampiro,
Usando ao de leve os dentes,
Misturando os lábios quentes,
Que o arrepiar seja total.
Descendo até à cintura,
Onde me perco nas curvas,
Viro te de costas já,
Para percorrer tuas costas.
Assento praça e em moldura,
Minha boca e o teu rabo,
Uma conversa de desejos,
Os dois assim terem.
Puxo te contra mim,
Coloco te de quatro,
Minha língua ganha vida,
E percorre a linha do prazer.
Já sem pensar mais,
Já só penso em entrar já,
Mas o teu gemer pede mais,
Que a língua não pare já.
E ao perceber o que vem,
Como te vais mesmo vir,
Sei que o grito será forte,
No teu orgasmo de quatro.

Vestida aquela lingerie...


Hoje encontrei lingerie,
Debaixo da cama usada,
Em noites quentes de Verão,
Que se passou do nada.
Relembro bem a cor,
De uma renda desenhada,
Como se o corpo existisse,
E a alma tivesse ficado.
Da janela vejo o Sol,
Que se deitou no postigo,
Encontrei o Luar,
Em tempos de chuva amiga.
Que se lixem as buscas,
Na lingerie ficarei a olhar,
O busto do manequim,
Que usava quando a comprei.
Já tentei ver qual,
Ou até entender como,
Mas aquela lingerie,
Nunca foi mesmo usada.
No desenho do corpo,
Que poderia ali caber,
Sei que no rabo certo,
Ficaria maravilhosa sem saber.
Incompreendido por ser,
Um ser que adora ser,
Entre o que sei e o saber,
Sei apenas o que não sei.
E no fixar da lingerie,
No corpo que posso desenhar,
Como se fosse o que quero,
Sem perceber o seu ser.
Encalhado pelo momento,
Em que de casa só se sai,
Para ver o espanto olhar,
E o silêncio assim calar,
E poder dali cair.
Liberdade presa pelo medo,
Onde temos que ficar,
Em casa a ver chover,
E o sorriso triste permanecer.
Encontrar no horizonte,
Uma vontade sem igual,
Queria voltar a ver,
Vestida aquela lingerie.
Sei que foi no frio manequim,
Que ela se revestiu de pensar,
Em como ficaria bem,
Num corpo de sonhar!!!