domingo, 25 de agosto de 2024

Um nós ou a sós...


Não te escondas,
Não deixes apenas e só,
A silhueta na porta,
Que aberta da entrada.
Não percorras o corredor,
Sem teres a certeza de entrar,
Não faças a loucura,
De deixar apenas o desejo.
Que se sinta o toque,
Mais do que olhar,
Que entres na alma,
Que sintas o vibrar.
Não deixes a porta aberta,
Larga o medo,
Abraça o desejo,
Acalma o ser.
Tenta seres tu,
Não acalmes só os outros,
A tua dor é intensa,
E liberta muita faca.
Não sejas só uma,
Sê aquela que é,
A única mesmo,
Que consegue obrigados do nada.
Que se liberte a paz,
Que se sinta o tempo,
A voar no mesmo caminho,
E que a lua seja o destino.
Encontra o teu sitio,
Encara de frente,
Faz de ti o que és,
Um poder de mulher.
Deixa que limpem,
Que te usem para cansar,
Vencerem te sem dó,
Só porque não queres ser má.
Oculta o que doi,
Vai à luta de vez,
Encara o touro de frente,
E sai da soleira da porta.
Entra ou sai,
Com a consciência,
Que a partir de certa altura,
Vamos juntos na luta.
Que se encontre o corpo,
A alma que se una,
A contar de ser um só,
Em dois ou mais corpos.
Que se sinta o tempo,
Que sorri para quem,
Quer se feliz,
E lutar sem fim por isso.
Ultime se a batalha,
Encontre se a melhor porta,
Preparem se os soldados,
A luta está já brava.
Agora sei que vai doer,
Vai custar o tempo que vem,
Sem acreditarem que existe,
Um nós ou a sós...

 

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