sábado, 17 de agosto de 2024

E um futuro sem data marcada...


Que sejam os amantes mais puros,
Que se deixem navegar,
Onde os corpos descansam,
E a mente repousa.
Que se libertem as almas,
Soltem se da cama,
E voem por onde,
As nuvens permitam.
Encontrem se no horizonte,
Que de Estrelas está cheio,
Onde a calma existe,
E a paz resiste.
Rendam se ao sentidos,
Ondulem pelos ares,
Viagens sem fins,
Apenas para poder dar as mãos.
Que se permita sentir,
Que será o fim do Mundo,
Na descoberta dos seres,
Que existem a sós.
Que se completem,
Diariamente sem coexistir,
Para onde se encontrarem,
Se sinta o que é conexão.
Acabe se a incerteza,
De que pode ser ou não,
Aconteça o momento,
E exista o bater do coração.
Goste se ou não,
Acalme se ou não,
Sinta se ou não,
O apelo será sempre à razão.
Que se volte ao coração,
Que se deixe a alma navegar,
Por entre sangue e plaquetas,
E que se encha assim o corpo.
Deixe se de tretas,
Acabe se com o sentimento,
Que poderá ser ou não,
Uma eterna ilusão.
Que se cheguem os abraços,
Que se prendam os primos,
Agarrem se os desejos,
E acabe se em beijos.
Que se possa ser assim,
Da loucura à inocência,
Entregues ao Mundo certo,
De incerteza mais pura.
Fique se apenas a olhar,
Ou até a ouvir,
Onde os Deuses querem intervir,
E o sentido seja para aclamar.
Goste se do desejo,
Erotize se o toque,
Deixe se a tesão de lado,
Apenas onde a paz se possa sentir.
Doe se a eternidade,
Encontre se a paz do passado,
Seja num presente anunciado,
E um futuro sem data marcada...

 

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