Seja o Kama Sutra livre,
O ansioso pedido de ter,
Onde deseja se que possa,
Tudo e nada acontecer.
Que se entreguem os corpo,
Que se libertem as roupas,
Que se deixe rastos,
De aromas intensos.
Que seja domínio,
Ou dominado ali,
Não importa o tal,
Mas sim como vai ser.
Deixar a sedução livre,
De quem quer tomar redeas,
Por momentos desejados,
E sem limites de tempo.
Para depois rodar ao inverso,
Ser o provocador intenso,
Onde o corpo pertence,
Onde a alma se deixou.
Que sejam as pernas vorazes,
Ou até os lábios capazes,
De fazer sentir arrepios,
Que da alma não lembra ao diabo.
Onde o toque seja interno,
Sem que se toque na pele,
A alma seja delirante,
Pelo desejo ardente.
Que seja o corpo o fim,
Do desejo assumido,
De se ter tudo e nada,
Em vontade existente.
Que intensifique o aroma,
Se libertem sucos,
Se larguem gritos,
Em consonância de toque.
Que os olhares se fechem,
Se veja como os cegos,
Se sinta como é,
Cada toque bem na pele.
Seja o rosto o desenho,
De um prazer imensurável,
Onde se calam os medos,
E gritam se as vontades.
Seja o corpo existente,
Dentro de quatro paredes,
Que se vistam os trajes,
Está ainda no inicio.
Que seja a cada segundo,
O grito interno enorme,
Se apertem as mãos,
Na chegada de mais um forte.
Que se possa navegar,
De língua afiada,
Pela pele já quente,
E sedenta de prazer.
Onde se pode viajar,
Por entre as fúrias do vulcão,
As tempestades amigas,
Não deixam tanta emoção.
Que se possa então dizer,
Sem dó e piedade,
Agora fui eu e depois tu,
Mas a sedução foi em par!!!
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