domingo, 11 de agosto de 2024

Na alegria do amar...


A dois ou três,
Onde um só existe,
Pode ser na cabana,
Com ou sem amor.
Deixemos o voar acontecer,
O momento desaparecer,
O sentimento comparecer,
E o desejo aparecer.
Que se olhe no mar,
Do meio da serra,
Onde a Lua encaixa,
No bater do Sol.
Que se viaje muito,
Sem do sitio sair,
Onde a alegria,
Se molde na multidão.
Que a ovelha negra,
Se solte do pelotão,
Se encontre no destino,
De ser uma fora da caixa.
Que se permita sonhar,
Que se saiba ouvir,
Que seja no caminhar,
Que se possa gritar.
Revolte se o Mundo,
Encontre se o Universo,
Sem jamais desistir,
Do que é a missão.
Que seja o encontro rápido,
Que se encontre a alma,
Que se perca a noção,
Até do tempo passado.
Que seja no batuque,
Rompendo o ouvido,
Com o bater do pé,
E o coração ao alto.
Seja a mente perdida,
O encontro do nada,
Ficaríamos sem saber,
Onde o corpo desejaria estar.
Liberte se o ficar,
Encontre se o lugar,
Renda se o vulcão,
Que depressa quer explodir.
Daria até um pulmão,
Ou aquele rim perdido,
Para nada acontecer,
Sem a dor aparecer.
Enquanto o olhar,
Estremece o sentido,
A pele não sente dor,
E a alma sente se perdida.
Heroicamente tenta se,
Que a paz exista,
E percebe se que os sonhos são,
Nada mais que isso mesmo.
Oculte se o falar,
Deixe se o pensar,
Reconquiste se o olhar,
E permita se o tocar.
Alveje se o centro,
Do alvo a abater,
Onde a guerra está feita,
Para uma conquista maior.
Seja no fim,
Aquele olhar certo,
De quem conhece a alma,
Sem nunca ter com ela estado.
E que o viver seja exacto,
Onde se quer mesmo estar,
E presenciar o viver,
Na alegria do amar...

 

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