Existem formas de estar,
Abraços sem pedir,
E quando os pedes,
E não tens.
A forma que mais doi,
É pedir e não ter,
Uma forma de aliviar,
E calar a dor.
Mas ensinaram me um dia,
Que o abraço deve ser sentido,
Se tiver que ser pedido,
Não terá a mesma sensação.
Onde o toque perfura,
A indiferença da presença,
Calca mais o ser,
Que a ausência do estar.
Onde qualquer pedido,
Fica inusitado,
Na essência da cura,
De um toque suave.
Pedir e não ter,
Acaba por ser,
Tão suave como,
Uma faca a entrar.
Onde a onda acalma,
O mar se levanta,
As estrelas apagam se,
E a lua esconde se.
Que seja o momento,
De encontro fugaz,
Onde o tempo se esconde,
Atrás do que se sente.
Seja o aviso inocente,
De que a alma se perde.
Entrem para ver luz,
Acalmem se no ser,
Usem de boa vontade,
Mas não me deixem a dor.
Que se sentem na esplanada,
Que se levantem no jardim,
Que vagueiem na plateia,
E que me usem para subir.
Ocultem se os desejos,
Acabem se as vontades,
Regressem as batalhas,
E que as lutas findem.
Treine se o corpo,
Que a mente resista,
O coração não bata,
E a respiração de oculte.
Que sejam mais de mil,
Ou apenas só um,
Mas que seja de vez,
A luta do fim.
Que a luz passe por fim,
Para as almas perdidas,
Que se encontrem em mim,
E se libertem aos Céus.
E não sejam recusados,
Os gritos de socorro,
Que são dados,
Pelos abraços pedidos!!!
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