Quero na tua pele escrever,
Como antigamente,
Não com caneta,
Mas com a pena atenta.
Deixar as marcas do ser,
Que te pretende tocar,
Numa imensidão tal,
Que só de língua se lá chega.
Deixar ao acaso a tinta,
Que pode ser de várias cores,
Na tua pele discreta,
E ansiosa pela escrita.
Que possa a boca ajudar,
Os dedos navegar,
A pele assim tocar,
E o arrepio provocar.
Que nos encalces do horizonte,
Se veja o teu olhar,
Ansioso pelo toque,
Que despertará o momento.
Seja a liberdade da saudade,
De algo que não aconteceu,
Apenas se sentiu assim,
Naqueles sonhos humidos.
Seja o perfeito desejo,
De um toque ocioso,
Onde o encalço de tentar,
Seja mais forte que o aroma.
Sinta se no nariz,
Pelo navegar na pele,
O que a pele exala,
Entre caminhos desertos.
Incompletos movimentos,
Pelo toque ansioso,
Que descreverá o erotismo,
Que na caneta se escreve.
Ondulações de tentações,
Emigrações de toques desejados,
E peles arrepiadas,
Em toques fora de caixa.
Que se sinta o aroma na rua,
Que se oiça os gemidos na avenida,
Que se sinta o prazer pelo Universo,
E que se veja o sorriso da Lua.
Que a escrita seja perfeita,
Que a musica seja suave,
Que o toque o erotismo perfeito,
E a boca a sensação de pureza.
Encontre se o ponto G,
Devolva se ao universo o grito,
Deixe se um rasto de rio,
E fidelize se o que se quer bem.
Seja o tempo exato,
De uma perfeita harmonia,
Onde se fica assim feliz,
Pelo toque doce e suave.
Que na frieza se aqueça,
Que na amargura se sinta a doçura,
Que no calar se oiça o sussurro,
E que seja assim o toque terno!!!
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