terça-feira, 6 de agosto de 2024

Como se fosse único sem ajuda ter direito...


Que seja o amanhã,
O depois de acordar,
No adormecer sincero,
De quem fala o sentido.
Que se encontre a pureza,
Da solidão incerta,
De um sentimento perdido,
Em alma desencontrada.
Que seja o monte exato,
De uma perfeita curva,
Em vulcão silenciado,
Pela mente assim desenhado.
Onde se possa sentir,
Ser o que somos,
E viver o que vivemos,
Mas sentir o que sentimos.
Que possamos ser nós,
Encontrados nos perdidos,
Achados nos encontros,
De pensamentos sozinhos.
Que se possa voar,
Desejar encontrar,
Aquele pássaro que nos fez,
Acreditar que podíamos ser Fénix.
Onde a solidão de ler,
A mente adversa,
Em perversos contidos,
Que jamais os tinhamos.
Rendidos às evidências,
Irreverentes poderes.
Que nada se oculta,
E tudo se mostra.
Que seja o sonho perfeito,
De um dizer sem calar,
Onde nada se ouve,
E nada se diz.
Que se possa sentir,
Que somos mais do que somos,
E sentimos mais do que sentimos,
E que possamos ser nós ali.
Todos poderão dizer algo,
Todos poderão pensar no que querem,
Mas aqui nada é permitido,
Só e apenas ser e estar como tal.
A queda pode ser cuidada,
A ondulação pode ajudar,
A mão pode até segurar,
Mas tem de ser a mente a querer.
O que se possa querer,
Onde se possa até desejar,
O peito não está ali,
Apenas e só pelo estar.
Que se sinta a vontade,
O desejo de falar,
Mesmo que só o olhar,
Seja a verdade do ser.
Onde a mente possa estar,
Livre e completamente pura,
De quem necessita de ajudar,
Sem nunca querer ser ajudado.
Onde se pode viajar,
Deixar a musica levar,
E que a mente se oculte,
Do que o passado deixou.
Encante se o Estrelar,
Deja Vu onde se vive,
O sentimento revolta,
De voltar outra vez.
Que seja sincero o momento,
O pensar de poder cair,
E sentir que se pode sentir saudade,
De poder falar sem sequer abrir a boca.
Que no peito se guarde a ajuda,
Se acalme o espirito livre,
De que se quer sentir,
Como se fosse único sem ajuda ter direito...

 

Sem comentários: