domingo, 8 de setembro de 2024

Que se fique pelo sorriso...


Onde no jardim a relva cresce,
As abelhas voam,
As flores aparecem,
E as árvores dão raízes.
As roupas esvoaçam,
Os sapatos batem nas pedras,
O andar mostra sensualidade,
Em qualquer roupa vestida.
Sentido que se vê bem,
Os bamboleares das curvas,
Que assentam a paisagem,
E deixam em mim bela imagem.
Incultos olhares sobre a roupa,
Não importando o que debaixo existe,
Mais que curvas apenas,
Sejam influências da sensualidade.
Que se possa perceber,
O que anda perdido,
E o que se mostra sem mostrar,
Em corpos e corpos com curvas.
Onde se possa levar,
Os dedos a navegar,
Entre linhas e curvas,
De rectas traçadas por Anjos.
Que onde os dedos tocam,
Os olhares pressentem,
Os aromas sentidos do movimento,
Que se liberta a cada passo.
Libertados pelo movimento,
De joelhos cruzados,
Em descruzar como se um filme,
E mostrando mais que o Céu.
Dando olhadas em olhos,
Vendo a sensualidade pedida,
Que se ataca na sexualidade,
Exigida pelo olhar do come.
Fique se preso ou solto,
Deixe se a mente liberta,
Do que pode vir a acontecer,
Sem qualquer compromisso.
Seja no primeiro,
Encontrado no terceiro,
E que se possa viajar,
Até um nono andar de elevador.
Deixe se ir ou voltar,
Que seja em casa,
Ou até no banco da frente,
E que no jardim seja iminente.
Que se goze o tempo,
Que se venha o momento,
Que se jorre o sentimento,
Que se fique pelo sorriso...


 

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