segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Mas que hoje vou lá no fundo...


Leva me no desafio,
Encontra me no desfiladeiro,
Agarra me na descida,
Na busca dos outros cinquenta.
Quero descobrir,
A forma de controlar,
O que me descontrola,
Sem permitir existir assim.
Ultime se a guerra,
Vou em busca dela,
Não de peito feito,
Mas de medos abertos.
Onde a alma segura,
O corpo segue,
A corda segura,
Em braços teus.
Que seja a noite encontro,
Onde o dia permita,
Que se possa viver,
Sem os medos feitos.
Quero te conhecer,
Quero te desafiar,
Cansado de viver assim,
Sem saber os outros cinquenta.
Que venham mil,
Deixem o corpo em carril,
Para o comboio passar,
Sem pedir permissão.
Que seja largo o momento,
Acabe se o tormento,
Devolva se a luz,
A uma humanidade perdida.
Que se possa receber,
Ou mesmo dar,
Sem cobrar a valer,
E deixar o mundo viver.
Que ilumines a noite,
Que seja intensa a luta,
Que se permita a volta,
Ou então que se fique lá.
Seja assim de uma vez,
Que seja o cem feito,
Onde os cinquentas vivem,
E acabe se o sofrimento.
Que seja o inicio marcado,
Que seja a noite de luz,
Onde os trovões aqueçam,
Que por cá fique.
Hoje vai ser forte,
Hoje não vou ficar aqui,
Deixo me ir na certa,
De uma conquista ou perca.
Que se possa sorrir,
Onde o corpo fique,
Se a alma não voltar,
Em tempos correctos.
Hoje a volta não há,
A existência vai ser,
Na noite de madrugada,
Sem o Sol a acontecer.
Que a Lua assista,
Que as estrelas me guardem,
Que o amor exista,
Em cada um de vós.
Fique a marca eterna,
O sorriso que larguei,
O riso intenso,
Na hora da despedida.
Hoje será certo,
Ou fico ou vou,
Sem destino certo,
Mas que hoje vou lá no fundo...

 

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