Deixa o tempo acalmar,
O desejo voar,
A vontade repousar,
E no mar poder aproveitar.
Que se sinta a brisa,
De uma maresia intensa,
Onde o sentido existe,
E a vida persiste.
Que sejam os corpo puros,
As almas descobertas,
Os sentimentos vividos,
E os desejos nunca fingidos.
Que se possa saborear,
As palavras doces,
Que o vento nos entrega,
Por entre cada pensamento.
Que se encontre o destino,
Que se veja o decurso,
De erros que nos provocam,
Dores dentro de nós.
Que os corrijamos,
Que não mais os sintamos,
E que possamos sempre dizer,
Isto hoje doeu.
Que seja a alma lavada,
O sentimento perfurado,
Por entre ruas e vielas,
Onde os corpo existem.
Que se sinta o voar,
Como se fosse ar,
Entre as visões certas,
De quem se apaixona um dia.
Que seja o coração dono,
De um corpo abandonado,
E que se sinta a alma,
Como que mais viva.
Entre o que se perde,
Ou até o que se ganha,
Seja sempre o momento,
O viver exato.
Que se possa deliciar,
Com os olhares puros,
De quem quer estar,
E não mais se perder.
Hoje seja o bater,
Que o relógio acelere,
Até ao próximo momento,
Em que o respirar não existe.
Que seja na próxima casa,
Na morada que chega,
A vinda do destino,
De não mais de lá sair.
Que seja pela cama,
Ou até no sofá,
Que se apague a vela,
E se deixe o viver lá.
Onde os aromas existem,
O corpo não entende,
O que a mente provoca,
Apenas o querer rolar.
A alma foi se de vez,
O corpo entrou em modo espera,
De que chegue aquele momento,
Em que até se agrada a eutanásia.
Deixar rolar o destino,
Levantar a mão sem tocar,
Ficar assim na certeza,
De que nada se sabe já.
Possa o querer existir,
O momento não resistir,
O bater que pare por horas,
Para a alma poder partir.
Deixa o tempo quieto,
Onde a vida não tem sentido,
E que seja rápido,
O momento da chegada.
Que se possa rolar,
Ajudar quem aparece,
Sem mais desafios ao corpo,
Pois ficou se refém do sentido.
E que seja real,
O entregar de Corpo,
Alma e Mente,
Sem mais nenhuma outra.
Trave se a batalha,
Que se pegue no carma,
De quem sofre,
E se fique com o sofrimento.
Doe se o corpo,
Para estudo médico,
Onde a mente perdeu,
O sentido de querer.
Fique o momento de memória,
Onde a vida não se queira,
Mais do que estar ali,
Esperando pela ida.
Que a memória não apague,
Os aromas sentidos,
Os olhares trocados,
E os toques executados.
Onde o corpo já só sente,
O que a mente apresenta,
Como algo real,
Mesmo sabendo que não.
Fora do tempo,
Que de nada foge,
E tudo custa,
No sentimento do coração.
Seja assim feita a vontade,
De não ficar perto,
Onde o sentimento persiste,
E a dor acontece.
Seja o ultimo suspiro,
De um viver apenas,
Onde o sorriso pertence,
Ao suspiro que lhe pertence...
Sem comentários:
Enviar um comentário