domingo, 1 de setembro de 2024

Em qualquer salto alto...


Que se use a melhor lingerie,
Que se entre pelo pecado,
Que se possa presenciar,
O rabo assim a bambolear.
    Que sejam os olhos vistos,
Com a tentações da mente,
Acordado no pedaço,
De quem se sente a sós.
Que se viva o desejo,
Na intensidade de prazer,
Em qualidade excessiva,
De tiradas com a boca.
Que se use a cueca certa,
Para o corpo estremecer,
Na passagem de salto alto,
Onde a mente não chega.
Que seja o desejo intenso,
De prazeres incalculáveis,
De momentos perdidos,
Entre vogais e consoantes.
Que se gritem nomes,
Ou se engulam prosas,
Pelos caminhos desenhados,
Das letras consequentes.
Encontre se o revolver,
De tiros em pólvora seca,
E que seja o sentido,
O prazer mais lacto.
Que se cruzem as linhas,
Atravessem estradas,
Usem se feltros,
De quem se pretende anunciar.
Que seja a palavra certa,
A qualidade perfeita,
Em resoluções incertas,
De que se possa acrescentar.
Seja o corpo assim,
Do mais belo desenhado,
Onde se possa sentir,
O que não se pode desistir.
Tente se o que se pode fazer,
Acabe se o que se pode resistir,
E sinta se como certo,
O que nos faz insistir.
Seja a beleza do amanhecer,
Acordar com o condão,
De poder ser não mais um,
Mas o tal que será um.
Défice de quem quer,
Apresentação de quem deseja,
Atenção de quem olha,
E presente a quem investe.
Seja o momento assim,
De lingerie certa no corpo,
Em que o andar seja belo,
Em qualquer salto alto...


 

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