Onde se possa sentir,
O voar de uma ponte,
Na brisa do oceano,
Que pertença ao destino.
Seja o voo rasante,
De uma vez por todas,
Que se acabe o sentido,
Que se fique imóvel.
Que se embarque no voo,
Que se sinta o voar,
Que seja o momento,
Definitivo para o fim.
Que se possa desistir,
De um sorriso eterno,
E que se mostre a alma,
Nua e crua.
Onde os ossos sejam duros,
E a pele intacta para o impacto,
De um saltar até ao infinito,
E que seja a queda perfeita.
Onde a alma se entregue,
Pela dor do amor,
Ou do amor na dor,
E que se possa assim desejar.
Seja o tempo finito,
De quem quer estar,
E apenas olhar,
Para o sorrir belo.
Onde a culpa será minha,
De um fim anunciado,
Pelo sentir que existe,
E o chão que chama.
Seja a terra a casa,
Que recebe a oração,
De quem não quer dor,
Nem fazer doer.
Aconteça no momento certo,
O parar do carro,
Em cima daquela ponte,
Onde o voo pode acontecer.
Seja ignorado por falar,
E outros que podem tudo,
E ser sempre eu a levar,
A porrada do feitio.
Não possa acontecer,
Não se deixe perder,
O que se fala,
E ser sempre culpa do mesmo.
Repetições de atos,
Acontecimentos reais,
Que por mais que venha,
Eu sei que tens razão.
Sejam repetidos sem fim,
E que no fim,
Seja sempre eu,
A perder por falar na dor.
Seja o amanhã melhor,
Seja a noite conselheira,
Seja o amanhecer suave,
E o acordar não existir!!!
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