domingo, 16 de abril de 2023

Mas não te esqueças do tempo...


Nos tempos adjacentes,
O tempo não passa,
Sem deixar as marcar,
E acumulares de tempos pesados.
Só o tempo deixa que o tempo,
Não seja mais que um tempo,
Onde se passou o tempo,
Na busca do tempo que ai vinha.
Os Sois despertaram todos os dias,
As luas entraram sempre de noite,
E o Mundo girava como sempre,
Não se fez paragens nem na mente.
Ocultos idiomas travados,
Entre dedos e palavras,
As dores não se esfumam,
No bater do velho passado.
Intuitos de viver,
Enredos que se adensam,
Ocultos mistérios,
Que não deixam parar o tempo.
Últimos dias de paz,
Em contraste com dias de luta,
Por algo dentro,
Que não se abate por nada.
Relembrar que não passa,
Os porquês que não dão resposta,
Tratamentos lentos,
De pedidos de ajuda.
Água que se quer doar,
Sem nada em troca pedir,
Para me encontrar,
Na Paz do Senhor.
A luz que se acende,
A vela que teima em apagar,
O Sol que se põe no luar,
E as Estrelas que nascem no mar.
Ondulações cerebrais,
Que só acalmam na escrita,
E na musica alta,
Que ecoa nos ouvidos.
A solidão é um tratado,
Em tempos de tempestade,
Mas oculta se a vontade,
De fazer alguém sorrir.
Já só quero que o tempo,
Me dê o tempo que perdi,
Sem no tempo ajudar alguém,
E o tempo de fazer sorrir.
Entre campos de orquídeas,
Matos de pinheiros,
As flores dão o sorriso,
As árvores a força inteira.
Deixa a multidão ecoar,
A vontade de te deixar cair,
Mas não te esqueças do tempo,
Aquele que não parou um segundo.
 

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