domingo, 16 de abril de 2023

Cansado de tanta luta...


Houve dias em que só queria,
Explodir por dentro,
E que ninguém desse conta,
Do mesmo acontecimento.
Hoje só desejo a paz,
Aquela que perdi,
Não sei bem onde,
E muito menos quando.
Ontem foi dia santo,
O tempo não parou,
E a vida continuo,
Entre as feridas abertas.
Hoje o tempo está aberto,
Em quente de Sol,
E o frio por dentro,
A mistura perfeita de neutro.
Amanhã vem mais um dia,
Onde o tratamento aparece,
E me cuida de forma,
Que me deixa dormente.
O viver está se a perder,
Porque a dor é constante,
E o momento de sarar,
Não chega naquele instante.
Uivos de madrugada,
Sem que se oiçam,
Fazem a mente querer quebrar,
Sem ter para onde fugir.
O olhar fica baço,
O sorriso estagnado,
O desejo perde se,
E só se quer estar quieto.
Ondas de inquietude,
Saltos de impaciência,
Falsas partidas,
De uma paz anunciada.
Onde se quebrou o tempo,
Que não me deixa voltar,
A entrar no mesmo tempo,
E saltar de vez o passado.
Reflexos de uma mente cansada,
Cantos de alimentos individuais,
Irrefletidos nos atos,
Dos demais sem iguais.
Poderia a dor ser fugaz,
Sem deixar marcas profundas,
De uma dormência tal,
Que nada me apraz.
Usaria o tempo,
Se ele me deixasse,
Para poder parar o tempo,
E voltar com ele já.
Treinos desalentos,
De vontades quentes,
Que se formam em falhanços,
De uma mente perdida dentro.
Usem se as peças partidas,
Sem cola de cuspo,
E que seja na costura,
Se remedeiem os traços.
Plante se a cura de vez,
Onde a ajuda no outro,
Seja a força do ser,
De poder viver outra vez.
Tem que se perder,
Para se dar valor,
Mas não deveria ser assim,
Pois a luta é diaria.
Cansado da perca,
Cansado de só no adeus,
Se lembrarem que existo,
E que tenho uma forma de ser.
Lutas entre mim,
O meu ser e eu,
O meu desejo e mente,
Cansado de tanta luta.

 

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