quinta-feira, 25 de julho de 2024

Cravado no peito refletido...


Que se sinta o Sol,
O grito do luar,
Atente se ao céu Estrelado,
E alugue se o quarto.
Que se venha o desafio,
Das algemas e barra,
Que se coloquem estruturas,
E que se desfrute do momento.
Onde a calma deixará,
De persistir no instante,
Que se entre pela porta,
E se fique entre quatro paredes.
Que desista se dos sonhos,
Que se deixe as ilusões,
Que se viva o acontecimento,
E que se flua o tesão.
Que se enquadre o desejo,
Que se molde a cama ao tempo,
Que submissos existirão,
E que se festeje como único.
Que se deixe o corpo,
Que a alma não resista,
E que a musica entre,
De forma intensa.
Que o bater seja na parede,
De uma cama que sem estar presa,
Vai prender o corpo ali deitado,
E deixar as sensações de percorre lo.
Refine se o desejo,
Entre se pelo tesão,
Encontre se o erotismo,
E que se exploda em orgasmos.
Fique se no tempo,
Parada em desejo,
E o relógio pare,
E sinta como só um tempo.
Doe se a mente,
Liberte se os sentimentos,
Acalme se o corpo,
E expulse se os demónios.
Que os anjos fiquem na plateia,
A presenciar sem dor,
O que se passa na cama,
Entre aqueles dois seres.
Que se use tudo,
Que se percorra sem limites,
Que se deixe da Língua,
Aos dedos fixos.
Grite se ou engula se,
Tanto faz ali logo,
Com o contrato de a cada orgasmo,
Um traço na parede.
Que se deixe a alma,
Dizer ao corpo,
O próximo toque,
Sem deixar que seja intenso.
Que nos entretantos,
A explosão seja ainda maior,
Por a lentidão de movimento,
Ser intensamente forte.
Que se salve a língua,
Que se oculte os dedos,
Que se entre pelos poros,
E se acalmem os portos.
Que seja no olhar,
Que se sinta a vontade,
De trincar ou lamber,
Até ao ultimo pedaço.
Que se possa assim desfazer,
De desejos intensos vis,
Sem demais incondicionalismos,
Os orgasmos todos ali soltos.
Em cada grito o desejo,
Em cada olhar a vontade,
Em cada toque o sentido,
Em cada apertar um orgasmo.
A força do sentir,
Seja demais pura,
Pelo que dois corpos sintam,
Entre a união de orgasmos mil.
Acabando no amanhecer,
Pelo abraço sentido,
E com o adormecer,
Cravado no peito refletido...


 

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