quinta-feira, 25 de julho de 2024

Com o relógio que para...


Que se venha a Raba,
Que deixem a Raba passar,
Que exista uma Raba,
Que se permita tocar na Raba.
Os dedos querem tocar,
Os olhos bem ver,
Os lábios beijar,
E o corpo acariciar.
Assista se da bancada,
Onde o toque não resista,
O dedo percorra,
E a mão que aperte.
Seja o tempo parado,
Onde a Raba ali fique,
Bem presa nas mãos,
Para poder assim mordicar.
Que se libertem os aromas,
De uns rios bem quentes,
Onde o desejo aperta mais,
E a vontade de ali pode trincar.
Influência da Lua,
Que deixa a Raba em imagem,
De curvas perfeitas,
Para assim poder agarrar.
Que se solte a boca,
Que os lábios beijem,
Os arrepios aconteçam,
E a vontade assim cresça.
Que na Raba se permita,
Percorrer de Norte a Sul,
Até mesmo de Este a Oeste,
Com a vontade de mais.
Que se sinta o toque,
O aroma que se solta,
O reflexo no espelho,
Das curvas certas da Raba.
Que se possa abusar,
Em conceito de dois,
De vontades a sós,
De querer mais por nós.
Que a Raba perfeita,
Seja na noite exausta,
Uma realidade sem fim,
Com o relógio que para...
 

Sem comentários: