domingo, 29 de março de 2020

E foi assim que foi...


Foi numa tarde de verão,
Que pensei que te ias,
Não deu pelos azares,
Dos tempos saudosos.
Desde esse dia,
O encarnado ficou na retina,
Como um mal,
Que fazia perder.
A seguir veio se a tensão,
De quem fugia e não queria,
Para quem se perdia em querer,
De um momento logo.
Já cansado dos dizeres,
Até mesmo dos tentares,
Sem pudores julgados,
Foi em seio familiar.
Nas portas abertas,
Onde tudo entrava,
Que julgados sozinhos,
Conseguimos assim perder.
De tal e coisa,
Sem sabermos mais,
Poderias conseguir,
Tempos sem ninguém.
Veio o que foi,
Foi se o que veio,
Sem dar sinais,
Que cansados estávamos.
Poderíamos hoje repetir,
Claro que sim,
Pois as saias existem,
E as camas igual.
Não nos preparamos,
Para o momento a dois,
Que por sinal estavam,
Bem mais que tais.
Até no carro,
Um ser fugaz,
Feito de metal frio,
Naquela hora se torna quente.
Já olho para trás,
Sem sensação de perdido,
Porque sonhei o que quis,
Imaginei o que fiz.
Não ausente em pressentimento,
De um audaz mordaz,
Que de um ser momento,
Se deixou ainda mais capaz.
Sente se a revolta,
Do que queremos mais,
Sem existir igual,
Na volta não há mais.
Apenas o momento,
Logo porque se quis,
Se realizou quando,
Não se quis,
Era para ser no Verão,
Por dores não se realizou,
E no Inverno se inventou,
E foi assim que foi...

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