domingo, 22 de março de 2020

A mente que liberta...


Sentado na espera,
De um dia voltar,
A sentir o que já senti,
Pelo que vejo na janela,
São binóculos que se usam,
Gritos de sensações,
Usados em proveito,
De quem refém se sente.
Poderíamos sair,
Tocar e beijar,
Mas o poder não existe,
Sem limites obrigatórios.
Deixamos para depois,
Mas não esqueçamos,
Que podemos viver,
De erotismo apenas.
Limitações na rua,
Mas não na mente,
Anseia-se pelo futuro,
Prende-se no passado.
E o presente?
Esse deixa-se passar,
Sem o viver decentemente,
Mas com virtudes,
Que achavamos perdidas.
Conseguimos viver ainda,
Mesmo entre paredes,
Com toques ou sem eles,
Pelo que já merecemos.
Continuamos alegres e contentes,
Em casas que já conhecemos,
Por locais que desconhecíamos,
Por um tempo não previsto.
Sonhamos e largamos,
Sorrisos por ecrãs,
Pensamos em toques,
Que ficam apenas na mente.
Já só queria chegar,
Sentir algo novo,
Poder viver alegre,
Em tempos obscuros.
Sei que não existe,
Um dia e hora,
Para voltarmos à rua,
Mas tentemos em casa.
Viver um sonho,
Até que o erotismo se acabe,
Se deixe de lado,
Os preconceitos de solidão.
Tentemos juntos,
Aquilo que mais desejamos,
Seja em vivo ou ecrã,
Despertar a mente.
Deixar de lado o panico,
Viver o hoje,
Como se não houvesse amanha,
Pois hoje estamos cá.
Lutar pela libertação da mente,
Que precisa de estar activa,
Com alegria contagiante,
De quem quer sentir novamente.
Deixem as curvas ao léu,
Deixem os toque existirem,
Que a mente surja,
Como nossa libertação...

Sem comentários: