domingo, 14 de novembro de 2021

E do sorriso que procuro...


Deixa a posição mais louca,
Para o sonho mais puro,
Dentro de uma casa imensa,
Apenas de quatro paredes.
Destrói o Kama Sutra,
Queima a madeira mais leve,
Ouve o estilhaçar do lume,
Em noite quente de luar.
Solta o tempo perdido,
Aquece o lugar só,
Onde se queimam gorduras,
Em lugares que só tu sabes.
Entra pelo buraco da fechadura,
Faz do espaço o teu lugar,
Encontra a alma perdida,
Em luta no luar.
Enrola o tempo que passa,
Faz dele um charuto,
Acende o e queima na passa,
Que o sentimento está ferido.
Havendo posse de dor,
Em drogas queimadas ao vivo,
O ardor que se sente,
É de algo bem potente.
Deixa te ir no sono,
Enrijece a pureza do sonho,
Encontra a nuvem de algodão,
E deita lá até fazer dia.
Sente a musica ao longe,
Abre as portas do jardim,
Procura a rosa mais pura,
E troca a por um cravo jasmim.
Ouve o uivar do lobo,
Que na cidade perdura,
Encontra o banco vazio,
De onde sai à pouco.
Manda as buscas procurarem,
O ser que por ti olha,
Ele continua lá,
Apenas tu não o vês.
Agora deixa me sentir,
Ou apenas poder olhar,
Na tristeza da lagrima,
De quem sempre buscou um sorriso.
Trata me como um vazio,
Uma concha bem furada,
Por onde escorre a dor,
Das lagrimas derramadas.
Ultima o sossego perdido,
A fala já não acontece,
Não me sinto ouvido,
Nem mesmo percebido.
Mais uma vez a ser eu,
O destino não perdoa,
E na busca do sorriso,
Perco me na lagrimas de dor.
Será o cansaço de levar,
Sempre com a cruz que carrego,
Já sei que no dia da cruz,
Te lancei as pedras afiadas.
Mas um dia vai ter fim,
O cansaço pode chegar,
E do sorriso que procuro,
As lagrimas continuar a entregar. 

 

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