terça-feira, 9 de novembro de 2021

Já só entendo a lua…


Nos trejeitos caminhados,
Onde se entrelaçam sentidos,
Qualquer dor é intensa,
Pela causa pensada.
Nos tempos de soltura,
Onde se desprendem,
As amarras da vida,
O cruzado evapora com o Sol.
Tentado pelo ser doente,
Cansado do ser a poente,
Sente se a gente escura,
Numa claridade da noite.
Sentido apurado,
De regressos passados,
Que não te querem bem,
E o mal já o fazem.
Deste Mundo levo o Sol,
Criei a Lua de Plutão,
Sentei no anel de Saturno,
E visualizei a Aurora Boreal.
Já só penso no sentido,
Mais exacto do ser,
Sentido que se apodera,
E não larga de jeito nenhum.
Encontro a Paz,
Destrói-me a Paz,
Leva me do pensamento,
Deslarga me para sempre.
No final serei eu,
E a paz de certeza,
Que comigo viajo no Porto,
De um abrigo viajado.
Já não pretendo o Sol,
Já só entendo a lua,
Finalmente percebi,
Que o meu ser é real.
Não entendo o não,
Não percebo o sim,
Já só quero paz,
Para dentro de mim.
Desloco me no Mundo,
Mas o Mundo não entende,
Como sou e o que pretendo,
Pois só um não muda o Mundo…

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