terça-feira, 9 de novembro de 2021

Cobertura de Nuvens de Lã...


Pelos Caminhos travados,
De ondas de calor,
Onde o gelo se derrete,
A cada toque sensual.
Com a chegada do sol,
Ao alpendre da lua,
Com a sua frieza calma,
Perto de um calor de lareira.
Sentindo se o suar,
De corpos já bem despidos,
Onde se colam sem colar,
Entram em ondas de reflexão.
Enrijecem os colchoes deitados,
Em camas de palhas,
Que se pretendem ardentes,
No calor do frio da noite.
E se hoje é assim,
Amanhã será de forma igual,
Pois já ontem se incendiou,
O solar de uma lua bem cheia.
O tempo já se prevê,
Que se chegue bem devagar,
Para onde se leva o olhar,
De tempos de se rever.
São formas desenhadas,
De corpos nus e suados,
Onde se encontra na gota,
Uma forma de prazer antecipado.
Em cada lagrima de suor,
Que percorre a linha do corpo,
Se sente o sentido lacto,
De um orgasmo anunciado.
São as junções de peles,
Onde se arrepiam as vestes,
Encaixam de frente ou de lado,
Para de quatro assim acabar.
E os gemidos de luar,
Que de um lobisomem faz jus,
Onde na vizinha acorda o gato,
E o cão sente o aroma.
São sons de maresia,
Calores de Sois,
Frios de luares,
E cobertura de nuvens de lã... 

 

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