terça-feira, 9 de novembro de 2021

O gemido vai subindo...



Esconde o teu rosto,
Na almofada da cama,
Para não se ouvir alto,
Os gemidos que soltas.
Não peças devagar,
Hoje apenas me solto,
E encontro no teu corpo,
A saída de escape do céu.
Hoje pertences a mim,
Da mesma forma,
Que já fui teu,
Um dia atrás.
Revira o rosto,
Para poderes respirar,
A cada vai e vem,
Dos corpos a balançar.
Sente bem fundo,
O tocar de prazer,
No fundo ali mesmo,
Pertinho do coração.
Usa a boca sempre,
Que precisares de respirar,
E solta o suspiro,
De gemidos arrancados.
Não te acanhes,
Ninguém ouve,
Podes soltar te agora,
Que na casa estamos sós.
Podes tentar agarrar,
Mas nas algemas de prendes,
Onde se colam tuas mãos,
E o meu corpo não agarra.
A cada vai e vem,
De um sentido profundo,
O gemido vai subindo,
Em prazeres de fundo.
São apenas mais umas horas,
De finais sem fim,
Onde se pede calma,
E o corpo acelera mais.
Liberta a ansiedade,
E traduz nos gritos,
Que já se soltam,
Na tua voz.
Encontra o teu local,
Que te entregue o suco,
A pedido vai ser entregue,
Bem na hora marcada...

 

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