terça-feira, 16 de março de 2021

Enrolado pelo arrepio...


Pela onda se navega,
Pelo mar se alcança,
Pelos sentidos se vive,
Pelos aromas de perde.
Encontrar uma pele suave,
Em corpo de adulto,
Onde os dedos percorrem,
E sentem o seu arrepio.
Qual for o destino feito,
Traçado em linhas de veludo,
Consequente pelo cansaço visto,
De um corpo sem presente.
Ondulando as vontades,
Percorrendo os caminhos,
Alcançando as verdades,
Que restam no pelourinho.
Erradicar o sentido laico,
De uma vontade tremenda,
De colocar os lábios ardentes,
Pela pele bem quente.
Um fogo que arde,
Mesmo sem querer,
Vê se a olhos vistos,
De quem está presente.
Uma linha alcançada,
De traços de avião,
Onde apenas navegam barcos,
E onde só carros viajam.
Uma loucura assente ali,
Em dedilhar a vontade alheia,
Por mais sentido que se queira,
Apenas o destino fica.
Zelando o fugaz ardente,
Que pede mais e outros bis,
Como se fossem pardais,
Na chegada da andorinha.
Uma vontade ressuscitada,
Que reflete o dia perdido,
Numa noite escura de Sol,
Onde a Lua já caminha.
E por ali a dica alheia,
Acertou pelas frases ditas,
Que se ganham mais vontade,
Do que birras de crianças.
Ondulando os desejos,
Querendo os bem libertos,
De um dia passado na praia,
Ou num rio deserto.
Trepando os coqueiros,
Onde se vestem as melhores frutas,
De pedaços requintados,
Com aromas bem fortes.
Trevos de quatro folhas,
Descobertos nos matagais,
Que se pedem bem limpos,
Para inspeções de línguas.
Engraçado pelo sentir,
Que se faz vibrar,
Enrolado pelo arrepio,
Que provem do fundo da alma...

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