terça-feira, 10 de novembro de 2020

Do vermelho ao encarnado...


Do vermelho ao encarnado,
Do sentido ao insensivel,
Do tentado ao feito,
Do sussurrar ao grito.
Pego na minha mente,
E descrevo o certo,
Que nesse vestido incerto,
Te tirava as medidas.
Revolta pelo sentido,
Que nas palavras conto,
As pontas que se soltam,
Não da roupa apenas.
Entro na loucura,
De assumir o desejo,
Na minha boca calada,
Em minha mente tentada.
Liberto gemidos,
Grito sem falar,
O teu corpo desejo,
Apenas só mais uma vez.
Hoje eu aceito,
Podes vir até de encarnado,
Hoje fica certo,
Que não exijo o vermelho.
Indevido pensamento,
De sentir bem perto,
Que roupa interior,
Vestiste como lingerie.
Podes ficar na cadeira,
Ou até no sofá,
Deixo o chão na escolha,
Mas na cama acabarás.
Ri o tempo que quiseres,
Não fujas ou até podes,
Deixa a chave na porta,
Para te trancar aqui já.
Sem rasgar desta vez,
Sem pedir outra vez,
Não deixarei por vez,
Que te escapes de vez.
Não sei onde queres,
Nem mesmo como queres,
Dou por mim a pensar,
Se será com cheiro a mar.
Enrola me como quiseres,
Deixo te guiar o solo,
Sem abrir minha boca,
Nem pedir o que quero já.
Guarda para ti,
O teu desejo de mim,
Prende me com teu corpo,
E leva me onde queres.
Tira minha roupa,
Deixa no chão até,
Caminha e fecha a porta,
Deixo a vela como luz.
Entra pelos caminhos,
Que só se vê em filmes,
E larga a tua sede,
De gemidos a dois.
Deixa tua língua na pele,
Não tires já os dedos,
Encanta com o corpo,
De um sussurro perfeito.
Fica bem perto,
Ata me a alma,
O corpo já está quente,
Em dia de negativos.
Usa e abusa,
Faz como se fosse,
Um brinquedo imperfeito,
No gemido mais perfeito.
Não ligues ao som,
Que range na cama,
Concentra te no aroma,
Que liberta nossos corpos!!!

Sem comentários: