sábado, 7 de novembro de 2020

O rapto...


Hoje diferente,
Vou contar um história,
De dois seres,
Ou até um mais um.
Que sendo um e outro,
Poderiam ser dois,
Sem serem unidos,
E até mesmo gémeos.
Pensaram em estar,
Ou verem se,
Ou até mesmo,
Apenas visualizarem se.
Sem regres e excepções,
Apenas não se podiam tocar,
Ou sentir a sua cola,
Ou apenas pelo vidro.
Pensaram como fugir,
Do universo ou até do mundo,
Para locais onde poderiam,
Sentir se raptados.
Mas como sem regras,
Tornou as coisas complicadas,
Porque quando um ia,
O outro já vinha.
E foi se perdendo assim,
A fuga mais incompleta,
De uma história,
Como um povo adaptado.
Sorriam ao verem se,
Pensavam é hoje,
Mas já ontem não era,
E amanhã continuarão as fugas.
E então pensaram,
Deixemos de tretas,
Pensemos em regras,
De forma a podermos viver.
Ai aconteceu o impossível,
Já se conseguiam tocar,
Enraizaram as raízes dos seres,
E já não era um e outro.
Passaram a ser um mais um,
Ou até mesmo dois,
Que no final eram quatro,
E chegavam mesmo a ser seis.
Mas no fim,
Dizem que é sempre feliz,
O rapto aconteceu,
E ficaram apenas um.
E nas contas finais,
Os ser de um apenas dois,
Viveram felizes,
E encantaram sereias.
E assim conta a história,
De uma louca mente,
Que nem ele a entende,
Como se fosse um demente.

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