quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Dançar até acordar...


Nos caminhos de solidão,
Encontramos a criação,
De um ser perfeito,
Que antes víamos imperfeito.
Já recusei gritar,
Já percebi o silencio,
Agora sei que entendo,
O que meu ser pede.
Enriqueci o destino,
Trepei como em escalada,
Uma revolta tentada,
Em nada conseguida.
Ergui das cinzas,
Cai na lava,
Soltei o vulcão,
Perdi a essência.
E no fundo descobri,
O sorriso em vida,
Que na morte pedia,
Para poder desaparecer.
Entendi o que perdi,
Percebi o que ganhei,
Vivi para sentir,
A paz de um ser.
Entender o poder,
De um ser divinal,
Como que angelical,
Em pertença de mim.
Regressei ao meu eu,
Entreguei me ao Sol,
Já só peço a Lua,
Para chegar perto das estrelas.
Dentro bate no peito,
O coração que resiste,
A mais uma queda,
Em altos voos.
Sentir o que sinto,
A paz que necessito,
Já só quero deitar,
E sorrir no meu tecto.
Quisera o sonho perfeito,
Chegar de mansinho,
Já cansado de me dar,
Sem nada receber.
Pedir sem falar,
Rir sem ouvir,
Apenas ficar a olhar,
Possa ser tudo que peço.
Ficar na paz interior,
Felicitar e agradecer,
Que por aqui passou,
E quem mais chegará.
Já só se tenta ser feliz,
Sem restos de sonhos,
E nos sonos perfeitos,
Dançar até acordar!!!

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