segunda-feira, 27 de março de 2023

No encontro do meu eu...


No encontro do meu eu,
A mente encontra ilusões,
De fazer a dor ser menos,
E a tentação de alienar maior.
O ser encanta se com o Sol,
Apaixona se pela Lua,
Ilusiona se com as Estrelas,
E o Mar faz dos seus encantos.
E no entanto,
O que se vê,
Não abre portas,
Nem desencaminha o desejo.
Entre pernas nuas,
Rabos desenhados,
Roupas justas,
Prende se o pensamento.
O religioso prende se no momento,
Entra se em mundos soltos,
De prisões elevadas,
E encantadas pelo som das sereias.
Olha se de forma saudável,
Pouco se fala,
A dor apresenta se dentro,
Como se fosse dona.
Intenta se variar,
Reformula se o viver,
Pensa se no hoje,
Sem o Amanhã.
Ordena se à mente,
Que se solte do presente,
E alargue horizontes,
Apenas no tempo passado.
Usa se o mais variado,
Esquema de afastar a dor,
E encantar se com o viver,
Mas sabe se certamente que não.
Ondas de encanto,
Que não existem,
Mesmo passando na frente,
E os olhos baços ficam.
Perde se o momento,
Exalta se o som de batida,
E só ai se esquece,
Que a dor existe mesmo.
Liberdade existe ali,
Parece rodeada de guardas,
Que não deixam passar,
Relembrando de onde vens.
Insinua se o viver,
Refere se a dor,
Acalma se na batida,
E o som fica latente.
Banca se de forte,
Acarta o sentimento,
Como se fosse construído,
Em banca de jornal.
O papel torna se assumido,
Em situação de dor,
E caminha se para o fim,
Nunca ficando o tal sumido.
Já só se pretende viver,
Nem que seja o segundo,
Pois o hoje não está facil,
Nem esquecer o passado.
Tretas de consumismo,
Não chamam o oportunismo,
Nem vontade de montras ver,
O ser que da dor está a ter.
Ou a calma existe,
Ou o reflexo do hoje,
Será no passado amanhã,
Onde só se quer estar bem...
 

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