terça-feira, 4 de outubro de 2022

Foi na noite do sossego...


Deseja me agora,
Ou liberta me de vez,
Sente me como único,
Ou fica pelo ser de todos.
Agarra me na força,
Aperta me na ligeireza,
Acalma a dor que sinto,
No toque da tua pena.
Encruzados pelos destinos,
Encantados pelos desafios,
Enfeitados pelos caminhos,
Onde se caminham pelos fios.
Agarra a minha pele,
Sente o que faz falta,
Permite o ser voar,
E ser o que sempre foi.
Não revoltes o passado,
Que o futuro já ai está,
E pelos perdidos tempos,
Voou se o presente.
Heroicamente sê feliz,
Permite que o luar chegue,
Deixa ver a lua,
Mesmo que não esteja cá.
Ignora as chamadas,
Dos tempos que hão de vir,
Acorda no meio da tarde,
E sente o Por do Sol cair.
Doa o que mais faz sentido,
Onde a chama não se apaga,
Seja no sofá ou na cama,
O desejo fiel a si.
Encurta o pensamento,
Não encaixes na vivência,
Que um dia julgaste existir,
E não permitiste o sonho.
Ondula pelo horizonte,
Deambula pelas ruas sozinha,
Acorda no meio do arvoredo,
E regressa de pé descalço.
Alivia o acontecimento,
Acalma a dor sentida,
Piamente grita no desejo,
Onde se trava o final.
Foi na noite do sossego,
Que a gritaria tomou conta,
Encontra se a encosta partida,
Pelos regressos não viajados.
Revela os medos andantes,
Os caminhos verdejantes,
Onde se perdeu a vida,
De um conjunto a dois.
Foi no momento zero,
Que começou o cem,
Aconteceu até o cinquenta,
Para se pensar no duzentos.
Já só a paz interessa,
Onde a calma ingressa,
A vida tem voltas certas,
E o destino acerta as regras...

 

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