domingo, 16 de outubro de 2022

Acorde se no luar...


Hoje me perco na mente,
De uma busca não saudável,
O cansaço iminente,
De falar e ninguém ouvir.
Sentindo me farto,
De um ser que sou eu,
Impotente no momento,
De acontecimentos em catadupa.
Vontade de sair,
Acreditar no ficar,
O desejo por realizar,
E o sonho a esvoaçar.
Acreditar só não chega,
É preciso ver mudar,
O acontecer tem lugar,
De permissões perdidas.
Os momentos fugazes,
Encantados nas paredes,
Pensamentos encruzilhados,
Em cruzamentos perdidos.
Invocados sentimentos,
Perdidos na mente,
Encalhados no corpo,
De demência arrepiada.
A clemencia atentada,
Perdida na campa,
De uma morte anunciada,
Num futuro encalhado no passado.
Urge o tempo de fazer,
De largar o tentar,
De voltar a viver,
E fazer acontecer.
O desejo de futuro,
Acoplado ao presente,
Que é a dadiva do momento,
Em falência do passado.
Aconteça o que acontecer,
Saber que o hoje passou,
O ontem aconteceu,
O amanha será vivo,
Em acordar do Sol.
Tributo ao nevoeiro,
Que se liberta do dia,
E clareia as ideias,
De um dia solarengo.
Aviso aos navegantes,
Com o farol atento,
Às direitas volventes,
De um mar acalmado.
Pelo acontecimento sorridente,
Onde o toque no areal,
Acontece pelo percurso,
De uma vida tentada.
Enquadre se o desejo,
De acreditar no amanhecer,
Em tempos revoltos,
De acontecimentos integrantes.
Aprecie se o Nascer do Sol,
Como se fosse um renascer,
De uma vida perdida,
Em noites sem luar.
Olhe se no longínquo,
E sem se perceber,
O que de lá vem,
Que se encontrem os corpos.
De mentes soltas,
Enquadradas pelas envolvências,
De mentes complexas,
Em perfeita sintonia.
Acorde se no luar,
Adormeça se no raiar do sol,
Encante se no canto da sereia,
E acalme se a mente perdida...

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